Mundo

Senador dos EUA alerta sobre ingerência russa nas eleições francesas

Candidata de extrema direita, Marine Le Pen, que segundo as pesquisas poderia chegar sem dificuldades ao segundo turno, foi recebida na sexta-feira pelo presidente russo Vladimir Putin

Agência France-Presse
postado em 29/03/2017 20:54
O chefe da Comissão de Inteligência do Senado americano, encarregado de investigar a ingerência da Rússia nas eleições presidenciais americanas, afirmou nesta quarta-feira que Moscou também está "ativamente envolvido" na campanha eleitoral francesa.

"Acredito que seja razoável dizer [...] que os russos estão envolvidos ativamente nas eleições francesas", disse o senador republicano Richard Burr.

A comissão liderada por Burr examinará a partir de quinta-feira o papel desempenhado pela Rússia na eleição presidencial vencida por Donald Trump, uma ação que a Inteligência americana acredita ter sido dirigida pelo presidente Vladimir Putin.

"O que devemos avaliar é que foi um ato muito encoberto em 2016 nos Estados Unidos, um ato muito público, ao mesmo tempo que encoberto, na Alemanha e na França", disse à imprensa.

Burr assinalou que a Rússia pode "inclinar a balança" nas eleições europeias para beneficiar o candidato que prefere.

"É razoável dizer que os responsáveis americanos alertaram os países que vão ter eleições iminentes sobre [...] o que o governo sabe das capacidades e intenções russas", acrescentou Burr.

A candidata de extrema direita, Marine Le Pen, que segundo as pesquisas poderia chegar sem dificuldades ao segundo turno das presidenciais, foi recebida na sexta-feira por Putin.

O presidente russo assegurou que seu país não está interferindo na campanha francesa.

O principal adversário de Le Pen, Emmanuel Macron, acusou a Rússia no mês passado de tentar prejudicar sua campanha ao divulgar boatos por meio da imprensa estatal.

O diretor do FBI, James Comey, confirmou em 20 de março que a Polícia Federal americana investiga as tentativas de ingerência russa na campanha presidencial no país e, sobretudo, uma possível "coordenação" entre membros da equipe de Trump e o governo russo.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação