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China lança seu segundo porta-aviões, totalmente concebido no país

A China já dispunha de um porta-aviões, o "Liaoning", cujo casco foi fabricado na antiga União Soviética

Agência France-Presse
postado em 26/04/2017 07:17
Pequim, China - Pequim lançou oficialmente nesta terça-feira seu segundo porta-aviões, construído totalmente nos estaleiros chineses, informou a agência oficial de notícias Nova China. A China já dispunha de um porta-aviões, o "Liaoning", cujo casco foi fabricado na antiga União Soviética. A agência de notícias não revelou quando o navio, produzido nos estaleiros de Dalian, no nordeste do país, entrará em serviço, ou que nome terá.


Serão necessários cerca de dois anos até que o novo porta-aviões esteja completamente equipado para realizar seus primeiros testes no mar, opinou a especialista em China do Instituto de Pesquisa Estratégica da Escola Militar francesa, Juliette Genevaz. O porta-aviões terá propulsão convencional e não nuclear, e transportará principalmente os Shenyang J-15, o avião de combate da força aeronaval chinesa, segundo o ministério da Defesa.

O lançamento ocorre em meio à crescente tensão internacional envolvendo os programas nuclear e balístico da Coreia do Norte. O presidente americano, Donald Trump, anunciou o envio do porta-aviões Carl Vinson à zona da península coreana, com o objetivo de pressionar a Coreia do Norte. Apesar de a China também denunciar o programa nuclear de seu vizinho, Pequim pediu a Washington que tenha moderação no caso norte-coreano.

Há anos a China tenta modernizar suas Forças Armadas, especialmente a Marinha, como parte de suas aspirações no Mar da China Meridional, região cuja soberania é disputada por vários países.Mas as Forças Armadas chinesas estão longe de rivalizar com o poderio militar dos Estados Unidos, que possuem uma dezena de porta-aviões operacionais, assim como cerca de 600 bases militares em quase 50 países.

No início do ano, Pequim anunciou um incremento de 7% em seu orçamento militar, que passou a 156 bilhões de dólares, mas ainda muito distante dos 628 bilhões de dólares do orçamento de Defesa americano.

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