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Uruguai começa nesta terça registro de consumidores de maconha legal

A venda em farmácias começará após, no máximo, dois meses, em julho, segundo determinação do Executivo

Agência France-Presse
postado em 01/05/2017 17:35
A venda em farmácias começará após, no máximo, dois meses, em julho, segundo determinação do Executivo

O Uruguai iniciará nesta terça-feira o registro das pessoas que querem consumir maconha produzida sob a tutela do Estado, informaram fontes oficiais. Conforme anunciado no começo de abril, o registro nas agências dos correios começará às 09H00 locais (mesma hora em Brasília) na maioria dos departamentos (estados) do país.

No âmbito de uma lei que regulamentou a produção e a comercialização de maconha no fim de 2013, o governo uruguaio dará início ao último trecho da aplicação da iniciativa, inédita por incluir a produção de maconha por empresas privadas controladas pelo Estado e sua venda em farmácias.

[SAIBAMAIS]O dispositivo legal só permite que pessoas de nacionalidade uruguaia ou residentes no país com documento aprovado possam integrar a lista de consumidores habilitados a retirar um máximo de 10 gramas semanais da erva nos locais de distribuição. O preço da grama, segundo o anunciado, será de US$ 1,30. A venda em farmácias começará após, no máximo, dois meses, em julho, segundo determinação do Executivo.

A maconha com efeito psicoativo será comercializada nas apresentações de 5 a 10 gramas. Em uma primeira fase, será vendida em pacotes de cinco gramas. O Uruguai conta com um total de 400 quilos de maconha produzida por duas empresas privadas para iniciar esta última etapa de implementação da lei. As autoridades estimam que o volume ainda está longe de atender à demanda.

O estabelecimento de um registro que permitirá a compra anonimamente depois de uma primeira inscrição permitirá definir os volumes a produzir. O Uruguai aprovou em 2013 uma lei de Regulamentação da Cannabis, que habilita três mecanismos para obter legalmente a droga: o autocultivo residencial, o cultivo cooperativo em clubes e a venda da maconha produzida por entes privados controlados pelo Estado através de farmácias, última etapa que resta para implementar em 100% a norma.

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