Mundo

Índia confirma pena de morte por estupro coletivo de estudante em 2012

O caso, repleto de simbolismo, provocou uma grande comoção na sociedade indiana e evidenciou a violência cometida contra as mulheres no país de 1,25 bilhão de habitantes

Agência Estado
postado em 05/05/2017 08:45
Jyoti é descrita por amigos e familiares como uma jovem batalhadora e generosa. De família pobre, trabalhava até de madrugada para pagar a faculdade de medicina

O Tribunal Supremo da Índia confirmou nesta sexta-feira a condenação à morte de quatro homens por um estupro coletivo em Nova Délhi em 2012, o fim do processo judicial de uma história que comoveu o país e o mundo. O caso, repleto de simbolismo, provocou uma grande comoção na sociedade indiana e evidenciou a violência cometida contra as mulheres no país de 1,25 bilhão de habitantes.

No dia 16 de dezembro de 2012, a estudante de Fisioterapia Jyoti Singh, de 23 anos, foi violentada com extrema brutalidade por seis homens - incluindo um menor de idade - em um ônibus na capital indiana, diante de seu namorado, que foi agredido. A jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu 13 dias depois.

A mãe de Jyoti Singh, a garota que morreu após o estupro coletivo na Índia, deu entrevista para o filme 'Filha da Índia

[SAIBAMAIS]Quatro homens foram condenados em setembro de 2013 por assassinato, estupro coletivo, roubo, conspiração e "atos não naturais", após sete meses de julgamento. O quinto homem, suspeito de liderar o grupo, foi encontrado morto na prisão e a polícia acredita em suicídio. O menor de 17 anos foi condenado a passar três anos em um centro de detenção e já está em liberdade.

O horror vivido pela estudante e seu namorado, considerados símbolos da emergência da classe média cidadã, provocou manifestações em todo o país e forçou o governo a prometer avanços na proteção às mulheres.

Estudante faz protesto contra estupros na cidade indiana de Hyderabad

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação