Mundo

Governo do Kosovo cai após aprovação de moção de censura

A aprovação torna obrigatória a convocação de eleições parlamentares antecipadas em um prazo de 45 dias

Agência Estado
postado em 10/05/2017 11:51
Primeiro-ministro de Kosovo, Isa Mustafa, reage à apresentação da moção de censura contra seu governo no Parlamento de Kosovo, na cidade de Pristina

O governo do Kosovo caiu hoje (10), após a aprovação uma moção de censura apresentada pela oposição nacionalista e apoiada também pelo PDK, que apoiava o governo desde dezembro de 2014. A informação é da Agência EFE.

A aprovação torna obrigatória a convocação de eleições parlamentares antecipadas em um prazo de 45 dias.

A moção contra o governo recebeu o apoio de 78 deputados, 34 votaram contra e houve três abstenções, informou a televisão pública do Kosovo RTK.

[SAIBAMAIS]Além do Partido Democrático do Kosovo (PDK), também se pronunciaram contra os deputados sérvios e de outras minorias, que faziam parte da coalizão no poder. A votação de hoje ocorreu após várias horas de debate parlamentar.

De acordo com alguns meios locais, o presidente do país, Hashim Thaçi, poderia convocar eleições antecipadas para 11 de junho.

Os partidos opositores Nisma (Iniciativa), Vetevendosje (Autodeterminação) e Aliança para o Futuro do Kosovo (AAK) pediram na passada semana o voto de desconfiança contra o Governo, após reunir as assinaturas de 42 dos 120 deputados da Câmara, entre eles vários da coalizão de governo.

Os grupos alegaram que o governo, composto pelos dois maiores partidos kosovares, não solucionou nenhum problema substancial da crise que o país vive há mais de um ano e meio.

O primeiro-ministro Isa Mustafa, líder da LDK, declarou hoje perante o Parlamento que a moção contra seu governo é um "panfleto político sem argumentos". Mustafa acrescentou que esta iniciativa desestabiliza o país e suas instituições a fim de proteger pessoas corruptas "que causaram danos milionários ao país".

Mustafa disse que seu governo fez bastante na luta contra o extremismo e a corrupção e nas reformas econômicas.

Os deputados do partido PDK, do presidente Thaçi, acusaram Mustafa de ser incapaz de se coordenar com o partido, que fazia parte da coalizão de governo.

Embora em um primeiro momento parecia que a moção não iria prosperar, desde a passada semana as relações já frágeis entre LDK e PDK esfriaram ainda mais, até que hoje ocorreu a ruptura.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação