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Genro de Trump na mira de investigação do FBI por caso russo

Os investigadores do FBI "pensam que Kushner possui informações importantes referidas à sua investigação"

Agência France-Presse
postado em 26/05/2017 02:13
Jared Kushner, genro e próximo ao conselheiro do presidente americano, Donald Trump, faz parte das pessoas investigadas pelo FBI por supostas ingerências russas na eleição presidencial, afirmaram nesta quinta-feira a vários veículos americanos.
Os investigadores do FBI "pensam que Kushner possui informações importantes referidas à sua investigação", informou a rede NBC, que informou que isso não quer dizer que o marido de Ivanka Trump seja suspeito de ter cometido um delito.

De acordo com o jornal Washington Post, o que interessa aos investigadores é "uma série de reuniões" das quais Jared Kushner participou, assim como a natureza de seus contatos com a Rússia.

Kushner, considerado um intermediário central de Donald Trump em matéria de política externa, se reuniu com o embaixador russo nos Estados Unidos, Serguei Kisliak, em dezembro, e com um banqueiro russo.

O advogado Jamie Gorelick, que representa o genro de Trump, afirmou em um breve comunicado que seu cliente "já se propôs voluntariamente a compartilhar com o Congresso o que ele sabe sobre estes encontros, e fará o mesmo com qualquer outra investigação".

A investigação do FBI, dirigida agora pelo procurador especial Robert Mueller, deve dar seu aval sobre uma possível "coordenação" entre membros da equipe de campanha de Donald Trump e do governo russo.

No centro da investigação está Michael Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump.

Flynn, acusado de ter recebido pagamentos não declarados de entidades russas, invocou no início desta semana seu direito ao silêncio, negando-se a facilitar documentos sobre seus vínculos com a Rússia.

As suspeitas de envolvimento entre pessoas próximas a Donald Trump com personalidades russas desencadearam uma verdadeira tempestade política em Washington.

Desde o início deste caso, Trump sembre negou qualquer tipo de vínculo com Moscou e classificou a investigação do FBI e as do Congresso de "caça às bruxas".

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