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Forças Democráticas Sírias entram na zona oeste de Raqa

As FDS, apoiadas por Washington, entraram em Raqa na terça-feira, sete meses após o início de uma importante ofensiva para expulsar os jihadistas de sua 'capital' na Síria

Agência France-Presse
postado em 10/06/2017 15:51
Os combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS) entraram neste sábado na zona oeste de Raqa, abrindo uma segunda frente de batalha neste que é o principal reduto sírio do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

As FDS, apoiadas por Washington, entraram em Raqa na terça-feira, sete meses após o início de uma importante ofensiva para expulsar os jihadistas de sua ;capital; na Síria.

"As FDS tomaram a parte oeste do bairro de Al-Sabahiya e agora reforçam as suas posições", indicou à AFP o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.

"Em seguida, avançaram para o bairro vizinho de Al-Rumaniya", indicou.

As FDS informaram em um comunicado que atacaram Al-Rumaniya e que "combates violentos estavam em andamento no bairro".

Conquistada pelos extremistas islâmicos em 2014, Raqa se tornou símbolo das atrocidades cometidas pelo EI, entre elas decapitações, execuções públicas e base para o planejamento de atentados no exterior.

A batalha de Raqa é uma das principais frente da guerra de múltiplos beligerantes que sacode a Síria desde 2011 e já deixou mais de 320.000 mortos.

As FDS, que recebem da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos apoio aéreo e terrestre, estão posicionadas a leste, norte e oeste de Raqa, enquanto os territórios ao sul da cidade e do Eufrates seguem sob controle do EI.

Em Raqa, além de parte de Al-Sabahiya e de Al-Rumaniya, as FDS controlam o bairro de Mechleb, na zona leste.

Mas avançam com dificuldades pelo norte, onde os extremistas controlam uma ex-base militar do regime sírio chamada de ;Divisão 17;.

"O EI está mais fortalecido no norte de Raqa, pois pensavam que as FDS chegariam por este lado", indicou Rami Abdel Rahmane. "Os acessos oeste e leste da cidade estão menos protegidos".

Em apoio à ofensiva terrestre, os aviões da coalizão internacional realizaram ataques aéreos durante todo o sábado, matando ao menos 13 civis, segundo o OSDH.

De acordo com Rami Abdel Rahmane, no total, 47 civis foram mortos desde o início da ofensiva final contra a cidade, em 6 de junho.

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