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EI ataca oeste de Mossul, e forças iraquianas tentam manter controle

Há oito meses, as forças iraquianas lançaram a ofensiva para reconquistar Mossul, cidade do norte do país que caiu nas mãos do EI em junho de 2014

Agência France-Presse
postado em 26/06/2017 12:54
As forças iraquianas tentavam nesta segunda-feira (26/6) manter o controle dos bairros da zona oeste de Mossul, após uma inesperada e violenta contraofensiva dos extremistas do Estado Islâmico (EI), o que reflete a dificuldade dessa batalha para reconquistar totalmente a segunda cidade do Iraque.

Ao mesmo tempo, intensos confrontos prosseguiam na Cidade Velha, onde os extremistas estão entrincheirados. O EI foi expulso da maior parte de Mossul, seu último grande reduto urbano no país. Apesar dos intensos tiros de artilharia e dos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, os extremistas resistem ferozmente e, por vezes, conseguem contra-atacar.

Há oito meses, as forças iraquianas lançaram a ofensiva para reconquistar Mossul, cidade do norte do país que caiu nas mãos do EI em junho de 2014.

Contra-ataque extremista
Cometido no domingo à noite (25), o ataque espalhou pânico entre os moradores que haviam retornado para os bairros de Tanak e Yarmuk. Há várias semanas, os extremistas haviam sido expulsos pelas forças do governo dessas duas localidades.

Os agressores se infiltraram nessa zona controlada pelo Exército, misturando-se aos civis deslocados que voltaram para suas casas, indicou o general Abdelwahab al-Saadi, um dos comandantes das unidades antiterroristas (CTS). "O grupo (de invasores) chegou junto com os deslocados e se instalou no bairro de Tanak. Depois, voltou a se juntar e lançou o ataque", explicou à AFP.


Um médico das CTS contou que o ataque deixou vários mortos no bairro. Entre 15 e 20 extremistas teriam sido abatidos. Segundo o general Al-Saadi, as CTS "revistam Yarmuk casa a casa", já que dois dos grupos de combatentes do EI se entrincheiraram nesse bairro recuperado em abril.

Uma autoridade local que pediu para não ser identificada descreveu o ataque de domingo como uma tarefa de distração de "células adormecidas" do EI na parte oeste de Mossul. Com isso, o grupo estaria buscando aliviar a pressão sobre seus efetivos que ainda se encontram na Cidade Velha.

Em 18 de junho, as forças iraquianas lançaram uma ofensiva violenta e arriscada para reconquistar a Cidade Velha de Mossul, uma zona densamente populosa e de ruas estreitas, onde resistem os últimos focos extremistas.

A batalha para recuperar Mossul começou em 17 de outubro passado. No fim de janeiro, as forças do governo haviam conseguido recuperar a parte leste dessa cidade do norte do país. Reduto iraquiano do EI, ela é dividida em dois pelo rio Tigre.

Em 19 de janeiro, lançam uma ofensiva no lado ocidental, retomando vários bairros da parte antiga. As forças iraquianas contam com o apoio da coalizão internacional anti-EI liderada por Washington. Mais de 800 mil pessoas foram deslocadas em função dos combates.

Do outro lado da fronteira, na vizinha Síria, os extremistas do EI são atacados por uma aliança de combatentes árabes e curdos, apoiada pelos Estados Unidos. O objetivo é expulsá-los de Raqa, seu principal reduto no país. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o EI perdeu um quarto do território de Raqa.

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