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ONU pede que Venezuela respeite liberdade de manifestação de seus cidadãos

O governo venezuelano proibiu "reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afetar o normal desenvolvimento do processo eleitoral" a partir de hoje e até 1º de agosto

postado em 28/07/2017 10:02
O Escritório do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ONU) pediu nesta sexta-feira (28/7) às autoridades da Venezuela que respeitem o direito dos seus cidadãos à liberdade de expressão, assembleia e manifestação pacífica. A Informação é da Agência EFE. "Estamos muito preocupados pela proibição dos direitos básicos de expressão e manifestação, especialmente no contexto do processo eleitoral de domingo", afirmou em coletiva de imprensa a porta-voz do escritório, Liz Throssell.

O governo venezuelano proibiu "reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afetar o normal desenvolvimento do processo eleitoral" a partir de hoje e até 1; de agosto para, segundo sua versão, permitir a votação de uma nova Assembleia Constituinte. Throssell lembrou que a Venezuela deve respeitar a lei internacional de direitos humanos e, por isso, reiterou sua "preocupação" pelo fato de todas as manifestações terem sido proibidas.

[SAIBAMAIS]"É por isso que fazemos uma chamada às autoridades para que respeitem o direito dos cidadãos à liberdade de expressão, associação e assembleia pacífica", afirmou. A porta-voz acrescentou que o escritório da ONU está "profundamente preocupado com o risco de mais violência na Venezuela no marco das eleições de domingo" para a Constituinte.

Throssell especificou que devem respeitar-se "os desejos" dos venezuelanos a participar ou não nas eleições e que, ainda que ninguém deva ser obrigado a votar, aqueles que queiram participar no processo devem poder fazê-lo. Nesse sentido, a porta-voz fez um apelo àqueles que se opõem à eleição da Constituinte para que o façam de "forma pacífica."

A respeito do processo da nova Constituinte, Throssell disse que o escritório das Nações Unidas não se posicionaria e que se limitava a denunciar o tumultuoso "contexto" em que estas eleições são realizadas. No entanto, a porta-voz acrescentou que "uma modificação constitucional só pode ser realizada com um amplo consenso e a participação de todos os setores da sociedade."

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