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EUA consideram 'inapropriada' visita de Putin a região separatista Abkházia

A Abkházia é internacionalmente reconhecida como parte da Geórgia, que integrava a ex-União Soviética, mas a Rússia a vê como um país separado, junto com a Ossétia do Sul, após a guerra com Tbilisi

Agência France-Presse
postado em 09/08/2017 19:35
Os Estados Unidos criticaram nesta quarta-feira (9/8) a visita do presidente Vladimir Putin à região da Abkházia, na Geórgia, e apoiada pela Rússia, qualificando como "inapropriada".
Em 2008, Rússia e Geórgia enfrentaram uma breve guerra pela região, que Putin visitou na terça-feira, dia que marca o início desta disputa.

"Os Estados Unidos exortam à Rússia que retire as suas forças das posições anteriores à guerra pelo acordo de cessar-fogo de 2008 e reverta o reconhecimento das regiões da Abkházia e da Ossétia do Sul, na Geórgia", disse o Departamento de Estado, se referindo a outra região separatista.

A Abkházia é internacionalmente reconhecida como parte da Geórgia, que integrava a ex-União Soviética, mas a Rússia a vê como um país separado, junto com a Ossétia do Sul, após a guerra com Tbilisi.

Moscou tem milhares de tropas alocadas nas duas regiões, que a Geórgia chama de ocupação militar, e as apoia financeiramente.

Durante a sua visita, Putin enfatizou que a Rússia "garante firmemente a segurança e a auto-suficiência da Abecásia, a sua independência. E estou certo de que isso continuará futuramente".

A Geórgia reagiu furiosamente, chamando a sua visita de "ação cínica" e dizendo que isto representava a continuação da "política deliberada [de Moscou] contra a Geórgia".

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos reiteraram o seu apoio total à Geórgia e a sua "soberania e integridade territorial dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas".

As relações entre Washington e Moscou estão em seu ponto mais baixo, em grande parte devido à acusação de que a Rússia teria interferido na eleição presidencial americana de 2016, em uma tentativa de inclinar a balança a favor de Donald Trump, mas também pelo papel exercido pela Rússia na Ucrânia e na Geórgia.

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