Agência France-Presse
postado em 13/08/2017 10:07
O Equador rejeitou no sábado (12/8) qualquer intervenção militar na Venezuela, um dia depois de o presidente americano, Donald Trump, ter dito que avalia uma operação militar para resolver a crise política nesse país.
Em nota divulgada por sua Chancelaria sem referência explícita aos EUA, o governo equatoriano "expressa sua solidariedade com a República Bolivariana da Venezuela e rejeita qualquer ameaça sobre uma possível intromissão militar em seu território".
O Ministério equatoriano das Relações Exteriores acrescentou que América Latina e Caribe foram declaradas zonas de paz, o que implica "o compromisso de todas as nações para preservar nosso território comum livre de ameaças, ou intervenções militares de qualquer tipo".
[SAIBAMAIS]
O Equador é um dos aliados políticos da Venezuela, junto com Cuba, Bolívia e Nicarágua, e defende o diálogo "como única forma de solucionar a situação do povo irmão venezuelano".
Ontem, o governo nicaraguense também manifestou seu apoio à Venezuela frente às ameaças de Trump e reforçou o pedido por diálogo.
"Renovamos nossa infinita solidariedade de carinho ao governo e ao povo da Venezuela, condenando, em nome da dignidade e do orgulho soberano do povo da Nicarágua, todos os atropelos contra a pátria de Bolívar, de (Hugo) Chávez, do Presidente Nicolás", afirma o governo de Daniel Ortega, em nota à imprensa.
Caracas tem sido um importante sócio econômico da Nicarágua, com fluxos estimados em mais de 4,8 bilhões de dólares em cooperação petroleira e em investimentos entre 2007 e 2016.
O apoio se reduziu substancialmente nos últimos dois anos, devido à crise econômica no país sul-americano.
Também no sábado, Colômbia, México e Peru já haviam se manifestado sua solidariedade em relação à Venezuela, rejeitando o uso da força contra o vizinho.