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Furacão Irma, catástrofe econômica para zonas que dependem de turismo

O furacão de categoria cinco deixou paisagens devastadas após sua passagem pelos destinos turísticos de Saint Barts e Saint Martin

Agência France-Presse
postado em 07/09/2017 15:41
O furacão de categoria cinco deixou paisagens devastadas após sua passagem pelos destinos turísticos de Saint Barts e Saint Martin
Os danos causados pelo furacão Irma vão provocar uma catástrofe econômica nas ilhas do Caribe mais afetadas, que devem perder inúmeros turistas, segundo profissionais do setor franceses consultados nesta quinta-feira (7) pela AFP.
Apesar de ainda não haver balanços em nível humano e material, já ficou claro que o furacão de categoria cinco deixou paisagens devastadas após sua passagem pelos destinos turísticos de Saint Barts e Saint Martin.

"Há 30 anos trabalho com isso, já vimos outros alertas por ciclones com algumas árvores estragadas, mas nunca tivemos este nível de danos", afirmou à AFP Gilbert Cisneros, presidente do operador turístico Exotismes, especialista em destinos tropicais.
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Temos "muito pouca informação procedente de St. Barts ou St. Martin, mas sabemos que houve, sim, muitos danos", disse, dando o exemplo de um hotel nesta última ilha, o Le Beach, em que "o mar entrou" no edifício.

"Vai ser catastrófico para essas ilhas, já que vivem sobretudo do turismo", afirmou Didier Arino, diretor do gabinete de estudos Protourisme. "A primeira reação do viajante é: ;Vamos mudar de destino;", sobretudo levando em conta que os turistas que frequentam esses lugares costumam ser "pessoas ricas, que têm a possibilidade de ir a outros lugares".

Para Jean-François Rial, diretor-executivo da agência de viagens Voyageurs du Monde, as zonas afetadas vão sofrer uma "pena dupla". Não só terão que resolver os estragos, mas, além disso, "as pessoas vão evitar esses destinos porque terão medo", no momento em que eles precisam de mais ingressos turísticos que nunca.

"Cada vez que há uma catástrofe natural em um lugar, há uma pena dupla (...) Alguém que pode escolher entre 30 destinos, não vai ir para onde acha que está tudo assolado", explicou Rial.

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