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Suspeitos são levados à Justiça após descoberta de cilindros gás em Paris

Amine A., seu primo Sami B. e Aymen B. devem ser indiciados, entre outras coisas, por "tentativa de assassinato, formação de quadrilha e terrorismo"

Agência France-Presse
postado em 06/10/2017 15:22

Três pessoas serão apresentadas a um juiz para serem indiciadas, enquanto três outras foram liberadas na investigação aberta após a descoberta de cilindros de gás e um dispositivo de detonação em um bairro de Paris, anunciou nesta sexta-feira o procurador da capital francesa, François Molins.

[SAIBAMAIS]Amine A., seu primo Sami B. e Aymen B. devem ser indiciados, entre outras coisas, por "tentativa de assassinato, formação de quadrilha e terrorismo". A Procuradoria solicitou sua prisão preventiva.

No total, seis pessoas foram detidas - cinco homens e uma mulher de 24 anos na segunda-feira à noite - dois deles eram fichados por radicalização.

"O DNA de Aymen B., indivíduo fichado desde 29 de julho de 2016 por causa de um discurso pró-Daesh (em referência ao grupo Estado Islâmico) foi rapidamente identificado" no local, informou o procurador.

"Amine A, também fichado por causa de sua participação no movimento islâmico radical, é conhecido por ter sido colocado em prisão preventiva em 26 de março de 2013 pelo caso Forsane Alizza", nome de um grupo radical islâmico dissolvido em 2012, disse.

Os investigadores ainda não determinaram a razão da escolha do prédio parisiense onde as bombonas foram encontradas.

"Um prédio de apartamentos localizado na rue Chanez, no 16; distrito de Paris, foi alvo de uma tentativa de ataque, cujas consequências humanas e materiais poderiam ter sido dramáticas. Ainda não sabemos os motivos pelos quais este edifício foi visado", disse Molins.

Na madrugada de sábado, um morador do prédio encontrou um dispositivo composto por quatro bombonas de gás no piso térreo, onde havia uma quantidade muito alta de gasolina.

Os investigadores descobriram quatro baldes "contendo um total de 33 litros de gasolina, sacos de escombro" e "um dispositivo de disparo composto por um telefone celular contendo um amplificador ao qual foram conectados cabos elétricos, capazes de serem acionados por celular", de acordo com François Molins.

"Neste momento, as primeiras conclusões do esquadrão anti-bomba indicam que este dispositivo deveria favorecer a queima da gasolina derramada no chão e, consequentemente, a explosão das quatro bombonas de gás. O poder da deflagração poderia causar grandes danos", acrescentou.

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