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Turquia pede que EUA revertam decisão de interromper concessão de vistos

Segundo mais graduado funcionário da embaixada americana na Turquia, Philip Kosnett foi convocado a uma reunião nesta segunda-feira pelo governo turc

Agência Estado
postado em 09/10/2017 10:47
Segundo mais graduado funcionário da embaixada americana na Turquia, Philip Kosnett foi convocado a uma reunião nesta segunda-feira pelo governo turcA Turquia pressionou nesta segunda-feira os Estados Unidos a reverterem a decisão de suspender a maioria dos serviços de visto para cidadãos turcos, com o argumento de que pessoas nos dois países sofrem com a medida.

Os EUA suspenderam no domingo a emissão de vistos para turcos, após a prisão de um funcionário do consulado americano em Istambul na semana passada elevar as tensões entre os dois aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A medida levou a Turquia imediatamente a interromper o serviço de visto para os cidadãos dos EUA, em retaliação.

[SAIBAMAIS]Segundo mais graduado funcionário da embaixada americana na Turquia, Philip Kosnett foi convocado a uma reunião nesta segunda-feira pelo governo turco. Autoridades turcas defenderam no encontro passos para evitar a "desnecessária escalada" de tensões e reverter a decisão que prejudica cidadãos dos dois lados, afirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores turco.

O ministro das Relações Exteriores turco também discutiu o assunto com o embaixador americano John Bass no fim do domingo em telefonema, relatou a fonte, que pediu anonimato.

Apesar das relações aparentemente amigáveis entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, os laços entre os dois países enfrentam uma piora por causa da prisão de Metin Topuz, funcionário do consulado americano de nacionalidade turca, e de outros americanos com supostos laços com um movimento liderado pelo clérigo Fethullah Gulen, que vive nos EUA. O governo de Erdogan culpa Gulen e seu movimento por uma tentativa de golpe recente, enquanto o religioso nega envolvimento.

Topuz foi acusado de espionagem e de "tentar derrubar o governo turco e a Constituição". A embaixada dos EUA disse estar "muito preocupada" com a prisão e reclamou da cobertura do caso pela imprensa favorável ao governo turco. A embaixada americana argumentou que haveria uma pressão para julgar Topuz pela imprensa, não na Justiça.

Outros americanos presos na Turquia incluem o pastor Andrew Brunson, detido no ano passado acusado de terrorismo e de manter supostos laços com o movimento de Gulen. Erdogan já vinculou a possível libertação do pastor a um acordo com Washington para extraditar o religioso para a Turquia.

A lira turca registrou forte queda ante o dólar nesta segunda-feira, após a suspensão mútua de serviços de concessão de visto. Fonte: Associated Press.

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