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Catalunha declara independência e propõe diálogo com Madri

"Peço ao Parlamento que suspenda a declaração de independência para iniciar um diálogo nas próximas semanas", declarou o líder ante os deputados catalães em Barcelona

Agência France-Presse
postado em 10/10/2017 15:41

O presidente catalão, Carles Puigdemont, declarou nesta terça-feira (10/10) ante o Parlamento regional que assume o "mandato" de que a Catalunha seja uma "República independente", mas pediu a suspensão dos efeitos da separação para possibilitar um diálogo.

[SAIBAMAIS]"Peço ao Parlamento que suspenda a declaração de independência para iniciar um diálogo nas próximas semanas", declarou o líder ante os deputados catalães em Barcelona.

O governo espanhol considerou que "não é admissível" a declaração de independência "implícita" formulada pelo presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, indicou uma fonte do governo. "Não é admissível fazer uma declaração implícita de independência para depois deixá-la em suspenso de maneira explícita", declarou um porta-voz.

Puigdemont declarou ante o Parlamento regional que "o governo catalão e eu mesmo propomos a suspensão dos efeitos da declaração de independência, a fim de poder iniciar nos próximos dias um diálogo".

Diálogo

Em discurso no parlamento regional, o líder disse que a "Catalunha ganhou o direito de ser um Estado independente" após o resultado do plebiscito do começo de outubro. "Proponho que Parlamento suspenda declaração de independência por semanas por diálogo com Madri", afirmou, sem detalhar quais termos deseja negociar com a Espanha.

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Ele disse também que vai haver uma sessão no Parlamento regional para avaliar a independência e que a Catalunha agora é uma "questão europeia". "Nosso futuro só pode ser de paz e democracia", disse.

Puidegmont afirmou ainda que a Catalunha buscou diálogo muitas vezes com o governo espanhol. Analisando tentativas passadas de obter independência da região, o líder catalão disse que a saída de empresas da região "não irão afetar a nossa economia".

Ele condenou também as ações do governo espanhol durante o plebiscito e afirmou que a polícia de Madri espancou inocentes no dia da votação. "É importante reduzir as tensões na região. Todos nós precisamos de nos unir, apesar das diferenças", disse.

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