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ONU volta a pedir fim da guerra no Iêmen

"Há uma necessidade crescente de concluir um acordo para por fim à guerra e formar um novo governo que represente todos os iemenitas", afirmou o encarregado da ONU

Agência France-Presse
postado em 10/10/2017 18:23

O representante especial da ONU no Iêmen, Ismail Uld Sheij Ahmed, voltou a pedir nesta terça-feira (10/10) o fim da guerra no Iêmen, e disse estar trabalhando em "medidas" para facilitar as negociações de paz em discurso no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

[SAIBAMAIS]"Há uma necessidade crescente de concluir um acordo para por fim à guerra e formar um novo governo que represente todos os iemenitas", afirmou o encarregado da ONU.

"É preciso por fim ao sangue derramado" e "não se acostumar à guerra", insistiu nesta reunião pública do Conselho, que foi seguida de consultas a portas fechadas.

Durante estas consultas, "os membros do Conselho de Segurança reafirmaram a necessidade de todas as partes, em particular dos huthis, de se comprometer de forma significativa com a proposta global para a paz do enviado especial da ONU e de avançar rumo a um cessar-fogo e a resolução do conflito", declarou após a reunião o embaixador francês, François Delattre, presidente em exercício do Conselho.

"Os membros do Conselho de Segurança lamentam fortemente a ausência de progresso do processo político e a deterioração da situação humanitária", acrescentou.

A guerra no Iêmen opõe forças pró-governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita e agrupadas no sul, a uma aliança rebelde de huthis junto ao ex-presidente Ali Abdalá Saleh que controla o norte e a capital desde setembro de 2014.

Desde março de 2015, quando se iniciou a campanha militar de vários países liderados pela Arábia Saudita contra os rebeldes huthis apoiados pelo Irã, o conflito causou 8.500 mortos e 49.000 feridos e provocou uma grave crise humanitária, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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