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Autor de atentado em Nova York era 'soldado' do EI, afirma grupo extremista

Sayfullo Saipov, de 29 anos, um imigrante do Uzbequistão, foi indiciado por acusações de terrorismo depois de avançar com uma caminhonete contra ciclistas e pedestres em uma ciclovia de Manhattan

Agência France-Presse
postado em 03/11/2017 08:27
Na mochila e na caminhonete de Saipov foram encontradas três facas, além de celulares com milhares de imagens de propaganda e quase 90 vídeos de combatentes do EIWashington, Estados Unidos - O homem que matou oito pessoas ao atropelar as vítimas com uma caminhonete na terça-feira (31/10) em Nova York era um "soldado" do grupo Estado Islâmico (EI), anunciaram os extremistas, segundo um organismo especializado em monitorar grupos radicais.

"Um dos soldados do Estado Islâmico atacou um número de cruzados em uma rua da cidade Nova York", afirma um texto publicado no número mais recente da revista Al-Naba, vinculada ao grupo jihadista, de acordo com o SITE Intelligence Group.

Sayfullo Saipov, de 29 anos, um imigrante do Uzbequistão, foi indiciado por acusações de terrorismo depois de avançar com uma caminhonete contra ciclistas e pedestres em uma ciclovia de Manhattan.

A acusação afirma que ele confessou ter executado o ataque em nome do EI e disse que estava "satisfeito" com seu ato. Saipov chegou a pedir uma bandeira do EI no quarto de hospital em que estava internado. A polícia afirmou que o criminoso parece ter seguido de modo estrito as "instruções" que o EI disponibilizou a seus seguidores nas redes sociais.

Na mochila e na caminhonete de Saipov foram encontradas três facas, além de celulares com milhares de imagens de propaganda e quase 90 vídeos de combatentes do EI atropelando prisioneiros com um tanque e decapitando ou atirando contra as vítimas.

"Pela graça de Alá, a operação infundiu medo na cruzada América, incitando-os a aumentar as medidas de segurança e intensificar ações contra imigrantes na América", afirma o texto da Al-Naba, de acordo com o SITE.

Depois que um homem matou 58 pessoas ao abrir fogo no mês passado em Las Vegas, o grupo Estado Islâmico afirmou que o atirador era um de seus "soldados", mas a polícia federal americana (FBI) informou que não encontrou nenhum tipo de vínculo entre o responsável pelo massacre, Stephen Paddock, e o grupo extremista.

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