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Presidente do influente Fed de Nova York deixará o cargo

A partida de Dudley poderia mudar um pouco mais o rosto do comitê de política monetária do Fed (FOMC), mas, ao contrário de outras vagas, o presidente Donald Trump não tem poderes para nomear um substituto

Agência France-Presse
postado em 06/11/2017 16:35

O influente presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, anunciou nesta segunda-feira (6/11) que deixará o cargo em meados de 2018.

A partida de Dudley poderia mudar um pouco mais o rosto do comitê de política monetária do Fed (FOMC), mas, ao contrário de outras vagas, o presidente Donald Trump não tem poderes para nomear um substituto.

[SAIBAMAIS]Na semana passada, Trump anunciou que quando expirar, em fevereiro, o mandato da presidente do Fed, Janet Yellen, ele vai nomear como seu substituto Jerome Powell, que já é um dos governadores do banco central americano.

Atualmente, três dos sete cargos da administração do Fed estão vagos e para os quais Trump pode nomear substitutos. Pode haver outra quarta vaga se, ao deixar a presidência, Yellen também abandonar o conselho do Fed, onde pode continuar até 2024.

Dudley "quer deixar o cargo em meados de 2018 para permitir que seu sucessor o ocupe bem antes do final de seu mandato", indicou o Federal Reserve de Nova York em um comunicado.

Seu mandato expira em janeiro de 2019, quando atinge o limite de 10 anos e o conselho de administração do banco já está procurando seu substituto.

O Fed de Nova York tem um papel fundamental na política monetária, uma vez que seu presidente tem um assento permanente no FOMC, do qual também detém a vice-presidência.

Os outros 11 presidentes regionais do Fed exercem cargos rotativos no FOMC, embora todos participem das discussões com os governadores da entidade.

O Federal Reserve de Nova York é quem implementa as decisões de política monetária comprando e vendendo ativos nos mercados.

Dudley apoiou a política de aumento gradual das taxas de juros atualmente aplicadas pelo Fed e foi elogiado por Yellen por suas "enormes contribuições" para o FOMC.

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