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Decisão de Trump sobre Jerusalém gera onda de protestos internacionais

O presidente americano, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital de Israel e gerou uma onda de condenações de parte da comunidade internacional

Agência France-Presse
postado em 07/12/2017 08:29
Decisão gerou uma onda de condenações de parte da comunidade internacional
Paris, França - A decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer nessa quarta-feira (6/12) Jerusalém como capital de Israel gerou uma onda de condenações de parte da comunidade internacional. Seguem as principais reações:

Israel comemora ;um dia histórico;

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou um "dia histórico" após a decisão de Donald Trump e assegurou que esta não mudará o status quo em torno dos lugares sagrados da Cidade Santa para judeus, cristãos e muçulmanos.

Arabia Saudita condena decisão "irresponsável"

"O Reino lamenta profundamente a decisão do presidente americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. O Reino já advertiu para as graves consequências de uma decisão tão injustificada e irresponsável", ressaltou o Palácio Real em um comunicado.

Abbas: EUA boicotam os esforços de paz

"Mediante estas decisões lamentáveis, os Estados Unidos boicotam deliberadamente os esforços de paz e proclama que abandona o papel de patrocinador do processo de paz que exerceu nas últimas décadas", declarou o presidente palestino, Mahmud Abbas.

OLP: Washington destrói a solução de dois Estados

O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat, declarou nesta quarta-feira que o presidente americano, Donald Trump, havia "destruído" a chamada solução de dois Estados, ao anunciar o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

Hamas: Trump abre "as portas do inferno"

O movimento islamita palestino Hamas considerou que a decisão do presidente americano "abriu as portas do inferno" .

Ismael Raduan, alto encarregado do Hamas, fez um chamado aos países árabes e muçulmanos "a cortar os laços políticos e econômicos com as embaixadas americanas e a expulsar os embaixadores" de Washington.

ONU "contra toda medida unilateral"

O status de Jerusalém deve ser decidido por uma "negociação direta" entre israelenses e palestinos, declarou nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterando que sempre foi "contra toda medida unilateral".

"Não há alternativa à solução de dois Estados" com "Jerusalém como capital de Israel e Palestina", acrescentou Guterres.

Brasil mantém defesa de "dois Estados" (fonte diplomática)

Uma fonte diplomática consultada pela AFP declarou que a decisão do presidente Donald Trump não interfere na forma como o Brasil se posiciona sobre a questão entre israelenses e palestinos.

"A posição do Brasil é a mesma há décadas", declarou a fonte por telefone. "Nada mudou na posição" do país com a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

"Defendemos negociações que assegurem o estabelecimento de dois Estados vivendo en paz e segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas", acrescentou, e "valorizamos a liberdade de acesso aos Lugares Santos dos fieis de todas as religiões".

Jordânia: "uma violação ao direito internacional"

"A decisão do presidente americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, e a transferência da embaixada para esta cidade constitui uma violação das decisões do direito internacional e da Carta das Nações Unidas", avaliou o porta-voz do governo jordaniano, Mohamed Mumeni, em um comunicado.

Turquia: "irresponsável"

"Condenamos a irresponsável declaração da administração americana... A decisão vai contra a lei internacional e importantes resoluções das Nações Unidas", reagiu no Twitter o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu.

França: "lamentável"

O presidente francês, Emmanuel Macron, qualificou de "lamentável" da decisão do contraparte americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e pediu para que se evite "a violência a qualquer preço".

Macron ressaltou "o compromisso da França e da Europa com a solução dos dois Estados, Israel e Palestina, vivendo como vizinhos em paz e segurança em fronteiras reconhecidas internacionalmente com Jerusalém como capital dos dois Estados".

Britânicos "discordam" de aliado

O governo britânico expressou seu desacordo com a decisão do presidente Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

"Discordamos da decisão americana (...) Acreditamos que é de pouca ajuda no que diz respeito à perspectiva de paz na região", expressou o governo de Theresa May em um comunicado.

UE manifesta "séria preocupação"

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, expressou, em nome da União Europeia, sua "séria preocupação" com a decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

"A União Europeia expressa sua séria preocupação a propósito do anúncio, hoje, do presidente dos Estados Unidos, Trump, sobre Jerusalém e as repercussões que isto pode ter na perspectiva da paz", destacou Mogherini em um comunicado.

Alemanha ;não apoia; decisão de Trump

A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que seu governo não apoia a decisão do presidente americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

O governo alemão "não apoia esta posição, porque o estatuto de Jerusalém só pode ser negociado no contexto de uma solução de dois Estados", declarou a chanceler, citada no Twitter de seu porta-voz, Steffen Seibert.

Irã adverte para risco de ;nova Intifada;

Por meio de um comunicado de seu ministério de Relações Exteriores, o Irã advertiu que a decisão de Trump provocará uma "nova Intifada", ou levante palestino.

A pasta denunciou o que chamou de uma "provocativa e imprudente decisão dos Estados Unidos (...), que vai provocar uma nova Intifada e uma escalada comportamentos mais radicais, irascíveis e violentos".

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