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Casa Branca rejeita investigação no Congresso contra Trump por assédio

Três mulheres que acusam Trump de assédio sexual exigiram nesta segunda que o Congresso investigue o comportamento do republicano

Agência France-Presse
postado em 11/12/2017 22:45
Três mulheres que acusam Trump de assédio sexual exigiram nesta segunda que o Congresso investigue o comportamento do republicano
A Casa Branca rejeitou nesta segunda-feira os pedidos de uma investigação no Congresso sobre as acusações de que Donald Trump assediou sexualmente várias mulheres, alegando que o povo americano já se manifestou sobre a questão ao elegê-lo presidente.

Três mulheres que acusam Trump de assédio sexual exigiram nesta segunda que o Congresso investigue o comportamento do republicano.

Rachel Crooks, Jessica Leeds e Samantha Holvey, que já denunciaram Trump durante a campanha presidencial no ano passado, pedem que o presidente seja responsabilizado por suas ações.

Crooks, que afirma que Trump a beijou na boca em 2005 na Trump Tower, exortou os legisladores a "deixar de lado suas afiliações partidárias e investigar a história de má conduta sexual do Sr. Trump".

"Quero acreditar que, como americanos, podemos deixar de lado nossas inclinações políticas e admitir que algumas coisas, de fato, transcendem a política", declarou em um fórum em Nova York, ao lado de Leeds e Holvey.

Leeds ressaltou que as denúncias de assédio sexual que se seguiram ao escândalo envolvendo o magnata de Hollywood Harvey Weinstein possibilitaram que alguns predadores sexuais fossem responsabilizados %u200B%u200Bpor suas ações.

Crooks disse que espera que Trump seja colocado "no mesmo nível" que "Weinstein e os outros homens que foram responsabilizados por seu comportamento repreensível".

Leeds afirma que Trump a tocou em um voo comercial, enquanto Holvey alega que o presidente se comportou de forma inapropriada quando competia no concurso de beleza Miss USA, aparecendo nos bastidores quando ela e outras mulheres estavam nuas.

A Casa Branca rapidamente rejeitou como "falsas" as declarações das três mulheres, que também apareceram na rede de televisão NBC para compartilhar suas histórias mais de um ano depois de torná-las públicas pela primeira vez.

"Essas declarações falsas, totalmente questionadas na maioria dos casos por testemunhas oculares, foram tratadas extensivamente durante a campanha do ano passado, e o povo americano expressou sua opinião ao conceder (ao presidente) uma vitória decisiva", declarou um porta-voz da Casa Branca.

"O momento e o absurdo dessas afirmações falsas dizem muito e a campanha publicitária que começou não faz mais nada do que confirmar os motivos políticos por trás disso", acrescentou.

Kirsten Gillibrand, senadora democrata por Nova York, declarou à CNN que Trump deveria "renunciar de imediato".

"O presidente Trump cometeu abuso de acordo com estas mulheres. São acusações muito críveis. Acredito que deve renunciar de imediato. Se não o fizer, deverá haver uma investigação".

Os senadores democratas Cory Booker, por Nova Jersey, e Jeff Merkley, pelo Oregon, também pediram a renúncia de Trump.

O senador democrata Ron Wyden apoiou a realização de uma investigação no Congresso, o que parece pouco provável diante do controle republicano na Câmara e no Senado.

"Estas mulheres têm razão", escreveu em um tuíte. "Se @realDonaldTrump não renunciar, o Congresso deve investigar as várias denúncias, de muitas mulheres, de que as agrediu sexualmente e as assediou. Ninguém está acima da lei".

No total, 16 mulheres apresentaram denúncias de má conduta contra Trump, que se gabou em uma gravação de beijar e agarrar qualquer mulher devido a sua condição de celebridade.

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