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Trump recebe desertores norte-coreanos na Casa Branca

O grupo, cujas histórias foram descritas por Trump como "incríveis e verdadeiramente inspiradoras", inclui um banqueiro com conhecimento sobre as operações do regime no exterior, um ex-prisioneiro político e o amputado Ji Seong-ho

Agência France-Presse
postado em 02/02/2018 18:35

O grupo, cujas histórias foram descritas por Trump como

O presidente americano, Donald Trump, recebeu nesta sexta-feira (2/2) seis desertores norte-coreanos no Salão Oval da Casa Branca, um encontro carregado de simbolismo em meio às tensões entre os Estados Unidos e o regime de Pyongyang.

O grupo, cujas histórias foram descritas por Trump como "incríveis e verdadeiramente inspiradoras", inclui um banqueiro com conhecimento sobre as operações do regime no exterior, um ex-prisioneiro político e o amputado Ji Seong-ho.

Ji Seong-ho, que fugiu da Coreia do Norte em 2006, ocupou na terça-feira um lugar de honra a poucos assentos da primeira-dama, Melania Trump, no Congresso durante o discurso anual do presidente.

Desde que chegou à Presidência, o chefe de Estado americano fez diversos comentários belicosos sobre a Coreia do Norte e prometeu que não permitira que Pyongyang desenvolvesse armas nucleares que possam alcançar o território americano.

Mas aceitar desta forma desertores norte-coreanos na Casa Branca poderia enfurecer o regime muito mais que qualquer comentário.

O encontro acontece em um momento particularmente sensível, quando os Jogos Olímpicos de Inverno estão prestes a começar na Coreia do Sul.

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, a quem Trump chamou desrespeitosamente de "homem-míssil", esteve pressionando com seu programa armamentista e dá poucas amostras de que voltará atrás.

Trump, por sua vez, impulsionou a imposição de um embargo petroleiro à Coreia do Norte, uma medida que poderia prejudicar significativamente as operações militares do país e sua economia em grande escala.

Segundo fontes diplomáticas, estes esforços enfrentaram a oposição do líder chinês, Xi Jinping, para quem o embargo poderia causar o colapso do país.

Trump falou deste assunto em ligações separadas com os líderes de Japão e Coreia do Sul nesta sexta.

Após uma ligação com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a Casa Branca assinalou que ambos os líderes se mostraram de acordo em "intensificar as campanhas internacionais de máxima pressão para desnuclearizar a Coreia do Norte".

Enquanto isso, na ligação com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, Trump desejou "a ele e ao povo sul-coreano ótimos Jogos Olímpicos de Inverno".

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