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Sindicatos protestam contra demissões no setor público na Argentina

O governo do presidente Mauricio Macri se propôs a reduzir o tamanho do Estado - em número de cargos e órgãos - e o déficit fiscal, projetado em 3,5% do PIB para este ano

Agência France-Presse
postado em 15/02/2018 19:04
O governo do presidente Mauricio Macri se propôs a reduzir o tamanho do Estado - em número de cargos e órgãos - e o déficit fiscal, projetado em 3,5% do PIB para este ano

Buenos Aires, Argentina -
Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira (15/2) em Buenos Aires contra uma onda de demissões no governo, quando devem começar as negociações de aumento salarial deste ano em diversos setores.

Com bandeiras, tambores e cartazes, manifestantes convocados pela Central de Trabalhadores Argentinos (CTA, que agrupa os funcionários públicos) marcharam por pouco mais de 1 quilômetro, do Obelisco até a frente da Casa Rosada, sede da presidência.

"Nem uma demissão a mais, nem um trabalhador a menos" e "Não ao ajuste", gritavam os manifestantes. "Estamos lutando pela reincorporação dos trabalhadores demitidos e, sobretudo, pelo direito à saúde de nosso povo, que é na realidade o porquê de virem terceirizar, privatizar", disse à AFP Mirta, funcionária do setor hospitalar.

O governo do presidente Mauricio Macri se propôs a reduzir o tamanho do Estado - em número de cargos e órgãos - e o déficit fiscal, projetado em 3,5% do PIB para este ano. Ele afirma que a maior parte dos afastados são pessoas com contratos temporários que não foram renovados.

Segundo o Centro de Implementação de Políticas Públicas para a Equidade e o Crescimento, um instituto privado, em 2016 a Argentina tinha 3,9 milhões de funcionários no setor público, em nível federal, estadual e municipal. Isso representa 18% dos trabalhadores do país.

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