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Coreia do Sul pede menos exigência dos EUA nas negociações com o Norte

O presidente sul-coreano afirmou também que a Coreia do Norte precisa mostrar "determinação para avançar até a desnuclearização

Agência France-Presse
postado em 26/02/2018 09:18
Seul, Coreia do Sul - O presidente sul-coreano Moon Jae-in pediu ao governo dos Estados Unidos que reduza o nível de exigência nas negociações com a Coreia do Norte, no momento em que seus conselheiros se reuniam com um general norte-coreano.

"Acredito que o governo dos Estados Unidos tem que diminuir o nível de exigência nas discussões e que o Norte tem que mostrar sua determinação para avançar até a desnuclearização", disse Moon durante um encontro com Liu Yandong, o representante chinês na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno.

"É importante que Estados Unidos e o Norte sentem juntos o mais rápido possível", declarou o presidente, que pediu uma ação da China neste sentido.

Moon Jae-in fez todo o possível para que os Jogos Olímpicos, que terminaram no domingo (25/2), fossem uma oportunidade para reduzir a tensão entre as duas Coreias.

A Coreia do Norte enviou atletas, além de artistas, ao Sul em uma tentativa de mostrar uma face mais simpática.


Mas as delegações norte-coreanas não tiveram nenhum contato com os representantes americanos.

Washington inclusive reforçou na sexta-feira as medidas contra Pyongyang, com o anúncio do presidente Donald Trump das sanções "mais duras" até agora contra o país.

Em seu encontro com Kim Yong Chol no domingo, Moon pediu ao Norte que inicie um diálogo o mais rápido possível com Washington. De acordo com Seul, o general disse que estava disposto a isso.

"Veremos se a mensagem da Coreia do Norte de que está disposta a dialogar é um primeiro passo para a desnuclearização", afirmou a Casa Branca em um comunicado. "A campanha de pressão máxima tem que continuar até a desnuclearização", completou o texto.

Kim Yong Chol se reuniu nesta segunda-feira com vários conselheiros de Moon. A oposição conservadora sul-coreana considera este general um criminosos de guerra, suspeito de ter ordenado o ataque com torpedos contra uma corveta da Coreia do Sul em 2010, uma ação que deixou 46 mortos.

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