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Vaticano condena arcebispo de Guam após acusações de pedofilia

De acordo com o tribunal da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por julgar esses crimes, o prelado foi declarado culpado em primeira instância de "algumas acusações", sem especificar quais

Agência France-Presse
postado em 16/03/2018 16:03
Cidade do Vaticano, Santa Sé - O Vaticano condenou o arcebispo de Guam (Estados Unidos), monsenhor Anthony Apuron, acusado de abuso sexual contra menores nos anos 70, informou nesta sexta-feira (16/3) a Santa Sé em um comunicado.

De acordo com o tribunal da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por julgar esses crimes, o prelado foi declarado culpado em primeira instância de "algumas acusações", sem especificar quais. A sentença pode ser apelada e será efetiva se o acusado não apresentar recurso, afirma a nota.

O tribunal, formado por cinco magistrados, suspendeu o prelado de seu cargo e ordenou que ele deixe a ilha de Guam, localizada no Pacífico e pertencente aos Estados Unidos.

Em 2016, várias pessoas que pertenciam ao coral infantil de uma paróquia na ilha apresentaram uma queixa contra o religioso, então um simples padre, por abusos sexuais cometido entre 1950 e 1970. O papa Francisco interveio no caso e enviou à ilha o cardeal americano Raymond Leo Burke para recolher o testemunho das supostas vítimas.

Os tribunais do Vaticano são responsáveis %u200B%u200Bpor julgar os padres pedófilos e o processo eclesiástico pode durar até três anos. Entre as sanções mais graves estão a de levar uma vida de oração e penitência, proibição de celebrar a missa em público e vestir a roupa clerical.

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