postado em 11/09/2008 11:46
Na estratégia de ampliar a participação dos partidos da base do governo Lula em sua administração no Distrito Federal, o governador José Roberto Arruda (DEM) tem conversado com a direção do PTB sobre a indicação de nomes para cargos de destaque. Entre os petebistas cotados para ingressar no Executivo está o advogado Paulo Goyaz, um dos vice-presidentes regionais da legenda. De acordo com integrantes do PTB, ele já foi avisado de que será nomeado nos próximos dias no posto de subchefe de Assuntos Institucionais da Casa Civil.
Se a nomeação ocorrer conforme aguardam os petebistas, Paulo Goyaz ficará encarregado da relação entre o governo e a Câmara Legislativa, ao lado do chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, e do assessor parlamentar Josafá Dantas. Antigo aliado do senador Gim Argello, presidente regional do PTB, o advogado tem uma relação próxima com os deputados distritais Benício Tavares (PMDB) e Dr. Charles (PTB). Ele tem trânsito com outros parlamentares governistas e é geralmente consultado em momentos de crise, além de questões eleitorais.
O PTB também espera indicar um nome para cargo estratégico na Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Gim sugeriu a nomeação de Marcus Vinícius Viana para a diretoria técnica e de fiscalização do órgão, cargo hoje exercido pela ex-deputada distrital Ivelise Longhi (PMDB), arquiteta com especialização em planejamento urbano. Viana já exerceu o cargo durante o governo de Joaquim Roriz e foi da diretoria da empreiteira Encol, que faliu em 1999. Segundo o Correio apurou, Arruda tem resistido ao nome por conta de pendências da incorporadora na Justiça. Mas não descarta nomear para o posto alguém da escolha de Gim. ;O PTB está à disposição para ajudar o governo Arruda. Não exigimos nada. Só queremos contribuir;, afirma Gim.
A indicação do PTB levará Arruda a reacomodar algumas forças políticas. Ivelise, cujo trabalho conta com a aprovação do governador, deverá ser transferida para outro cargo. Há uma possibilidade de que ela seja remanejada para a Administração Regional de Brasília, segundo a avaliação de quem tem acompanhado as articulações. Nesse caso, Ricardo Pires, do PPS, perderia o cargo.
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