postado em 18/10/2008 08:15
O governo trabalha para aprovar a reforma tributária (PEC 233/2008) logo após o segundo turno das eleições municipais. As negociações estão sendo conduzidas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente da comissão especial que examina a reforma, deputado Antônio Palocci (PT-SP), com o relator do projeto, deputado Sandro Mabel (PR-GO), que deve fechar seu substitutivo na segunda-feira. ;Está quase tudo acertado, faltam alguns detalhes das regras de transição;, disse Mabel. O governo pretende unificar a cobrança do ICMS, que terá cinco alíquotas apenas, criar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal, fundindo o PIS, a Confins e o Salário Educação, e incorporar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).
Na quarta-feira passada, Mantega, Palocci e Mabel vararam a madrugada na residência do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para fechar o acordo. Na próxima segunda-feira, segundo Mabel, haverá um encontro com o assessor especial da Presidência, Bernard Appy, que trabalha na elaboração do texto final das regras de transição da reforma, para discutir os prazos para o novo sistema. ;Nossa intenção é acertar essas pendências e votar o substitutivo na comissão especial na quarta;, acrescentou Mabel. O governo pretende rejeitar cerca de 400 emendas apresentadas ao projeto original na comissão, mas há resistências, principalmente entre parlamentares dos estados produtores.
Luiz Carlos Azedo fala sobre a aprovação da Reforma Tributária