Politica

Guerra por planos de saúde na Câmara dos Deputados

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postado em 09/01/2009 10:30
Em pleno recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados se transformou em um verdadeiro campo de batalha. Parlamentares, servidores efetivos e o sindicato dos funcionários estão em guerra por conta da decisão da Mesa Diretora de passar para a direção sindical a responsabilidade pela gestão do plano de saúde que presta serviços à Casa. O acordo já foi fechado e teoricamente a mudança deveria ser concretizada até março. No entanto, as resistências dos servidores e as críticas dos deputados ao fato de a decisão ter sido tomada na surdina quando a maioria dos parlamentares não estava em Brasília, podem reverter o quadro. ;Da forma como o presidente da Casa explicou a mudança, parecia que estava tudo certo e era uma ideia que contava com o consenso dos servidores. Por isso, mesmo tendo votado a favor, defendo uma nova discussão e a paralisação do processo de transferência;, disse o primeiro-secretário da Casa, Osmar Serraglio (PMDB-PR). O grande impasse se refere ao fato de que a transferência da gestão para o sindicato implicará na troca dos serviços hoje oferecidos pela Caixa para a empresa Amil. Servidores não concordam com a troca e deputados que souberam da decisão apenas ontem se queixam do fato de não terem participado das discussões e da falta de justificativas para a escolha da Amil, que vai receber dos cofres públicos cerca de R$43 milhões. ;A mudança é absurda e parece que já estava acertada, mesmo sem que os principais interessados fossem ouvidos;, conta o presidente da Associação dos Consultores Legislativos, Cristiano Carvalho. Contrato O presidente do sindicato dos servidores do legislativo, Magno Mello, disse que a mudança vai reduzir os gastos da Câmara com planos de saúde. O sindicalista negou que já tenha fechado contrato com alguma empresa ;É lamentável que as pessoas tenham essa reação emocional. É preciso entender que se trata de uma decisão administrativa e não política. Os planos estão oferecendo propostas e estamos analisando o que é melhor para a Câmara e para os servidores. Esse foi um gesto de confiança do presidente Arlindo Chinaglia ao trabalho do sindicato;, comentou.

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