Politica

PDT deixará bloquinho e apoiará Temer

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postado em 19/01/2009 19:54
O PDT sairá do bloquinho - no qual é parceiro do PSB e do PC do B - para apoiar a candidatura do presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), à presidência da Câmara. A decisão será tomada na quarta-feira, em reunião da executiva nacional com a bancada federal de 25 deputados. "Nossa saída do bloco é iminente, mas queremos manter a boa relação que temos com o PSB e o PC do B e deixar clara nossa admiração pelo Aldo Rebelo", diz o presidente nacional do partido e líder na Câmara, deputado Vieira da Cunha (RS), referindo-se ao deputado do PC do B e candidato do bloquinho a presidente da Casa. Segundo Vieira da Cunha, a tendência "amplamente majoritária" da bancada, manifestada nas consultas que vem fazendo a cada deputado, é a de votar em Temer. "Com todo respeito que temos pelo Aldo, não faz sentido apoiar uma candidatura que não tem viabilidade", emenda o líder pedetista. Mas não é só a sucessão no Congresso que está levando dirigentes e deputados pedetistas a defender o desembarque do bloquinho. "Estamos reavaliando nossa permanência no bloco por várias razões, e a principal delas é o desejo de recuperar o espaço de atuação no plenário", justifica Vieira da Cunha. O bloquinho foi formado há dois anos, quando Aldo Rebelo disputou e perdeu a presidência da Câmara para o petista Arlindo Chinaglia (SP). Do ano passado para cá, esse grupo parlamentar vem sendo liderado por Mário Heringer (PDT-MG), mas seu substituto será do PSB. A perda da liderança é mais um agravante para a permanência dos pedetistas no bloco. Afinal, é o líder quem fala pelo conjunto, e a avaliação geral no PDT é de que, mesmo com a liderança, a bancada tem ficado em segundo plano. "Nossos 25 deputados não têm tido vez no plenário", resume Vieira da Cunha. Os pedetistas também citam a "habilidade" de Temer nas negociações com a bancada. Além de um cargo de suplente na Mesa Diretora, a que tem direito pela regra da proporcionalidade, de acordo com o tamanho das bancadas de cada partido, Temer já lhes prometeu aplicar o mesmo critério na partilha de relatorias de projetos importantes.

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