Politica

PT paulista garante: não há resistências internas contra Dilma

Em jantar na casa de Marta Suplicy, cerca de 60 dos principais caciques petistas no estado ratificam apoio à eventual candidatura da ministra-chefe da Casa Civil em 2010

postado em 14/02/2009 00:19
São Paulo - A presença dos principais expoentes do PT paulista no jantar oferecido nesta sexta-feira (13/02) à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tentou acabar de vez com rumores de que, em pleno berço do partido, haveria resistências à candidata preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a corrida eleitoral em 2010. Os presidentes nacional, estadual e municipal do PT, respectivamente Ricardo Berzoini, Edinho Silva e José Américo, estavam entre os primeiros a chegar à casa da ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, a anfitriã do encontro, na rua Dinamarca, no Jardim Europa, um dos mais elegantes endereços da capital paulista. Atentos ao discurso da oposição, senadores, deputados e vereadores evitaram chamar Dilma de candidata, porque "ainda não é hora" de decidir o assunto. No entanto, fizeram questão de reforçar a fina sintonia das bancadas paulistas com o posicionamento do presidente Lula. Em outras palavras, sobraram elogios às qualidades pessoais de Dilma e, principalmente, a seu desempenho à frente da Casa Civil e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O líder do PT na Câmara Federal, Cândido Vaccarezza, disparou ao chegar. "Não há outro nome para nós no PT. O nome é Dilma". O ex-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, ponderou que o partido ainda não fez as discussões e, portanto, não tem candidato. Mesmo assim, destacou as qualidades da ministra. O vereador paulistano José Américo, presidente do diretório municipal do PT, afirmou que no partido, em âmbito estadual, não há nenhuma resistência à candidatura. "O PT paulista está unido em torno do apoio a Dilma. Se a candidatura se confirmar, a ministra terá o apoio de nós todos", afirmou José Américo, para, em seguida, lembrar a importância da paticipação da ministra no governo e sua competência. Um dos últimos a chegar, o deputado José Eduardo Martins Cardozo, secretário-geral do PT, negou com veemência a existência de qualquer resistência interna ao nome de Dilma Rousseff. "É importante que se diga que ainda não temos candidatos, o processo não começou. Mas a ministra Dilma tem qualidades fantásticas", disse o parlamentar. Questionado sobre o fato de a ministra não ser tão orgânica na vida partidária como alguns petistas gostariam, Cardozo foi rápido. Disse que Dilma "tem o PT no coração e isso é o que mais importa". O jantar na casa de Marta Suplicy reuniu nomes como os senadores Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante, parlamentares das bancadas petistas federal e estadual e vereadores. O prato principal foi picadinho ao vinho tinto com ravióli de abóbora. De sobremesa, foi servido sorvete. A imprensa não teve acesso à residência de Marta.

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