Politica

Renan nega articulação para enfraquecer Múcio

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postado em 05/05/2009 18:56
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), negou nesta terça-feira que exista um movimento da bancada para desestabilizar o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). Por meio de sua assessoria, Renan disse que o protesto contra demissões de afilhados do PMDB que ocupavam cargos de confiança na Infraero tem partido dos parlamentares e não da liderança. Renan afirmou que a bancada do Senado jamais reivindicou o cargo de Múcio, com quem mantém uma relação "amistosa" e "companheira", e disse que nenhum documento será elaborado pela bancada para pressionar a saída do ministro. Segundo o líder, o partido está satisfeito com o espaço conquistado no primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, nomes ligados ao partido comandam seis ministérios. Caciques do PMDB, no entanto, garantem que há insatisfação tanto no grupo da Câmara como no Senado. Os peemedebistas estariam insatisfeito com a atenção recebida por Múcio e reivindicariam o cargo argumentando que seria uma forma de consolidar a aliança de PMDB com PT já de olho na sucessão presidencial de 2010, uma vez que os dois partidos pretendem formar uma chapa para a disputa. No entendimento dos peemedebistas, ao ficar com a articulação política do governo, o partido teria oportunidade de consolidar alianças para a briga de 2010. O presidente Lula reuniu ontem lideranças do PMDB para tratar de cargos no governo e avaliar o cenário eleitoral de 2010. Renan não participou. A reportagem apurou que o presidente Lula teria pedido cautela nas articulações ao presidente licenciado da legenda e da Câmara, Michel Temer (SP), ao líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Os líderes do partido, no entanto, avisaram que as demissões podem gerar constrangimentos ao governo em votações importantes no Congresso e que esperam uma solução breve para as reivindicações.

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