Politica

Agnelo tentará o apoio do PDT

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postado em 12/06/2009 09:11
A um ano da campanha eleitoral, o PT tem pressa para consolidar a candidatura do ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz ao Governo do Distrito Federal e busca aliados antigos. Depois de fechar uma importante parceria nesta semana com a direção do PSB, petistas têm encontro marcado na próxima quarta-feira com o presidente do PDT-DF, senador Cristovam Buarque, e com o deputado distrital José Antônio Reguffe (PDT), para tentar acertar uma aliança política com vistas às eleições de 2010. O presidente do PT-DF, Chico Vigilante, e outros quatro integrantes da executiva regional do partido pretendem fazer uma proposta para que representantes dessas legendas passem a construir juntos a candidatura de Agnelo. ;Estamos numa luta pela formação de uma ampla frente de esquerda no Distrito Federal, e o PDT é um dos nossos principais alvos;, afirma Vigilante. A ideia é que PT, PSB e PDT avaliem em conjunto os nomes a serem lançados na disputa às duas vagas do Senado e a vice na chapa encabeçada por Agnelo. Na semana passada, o diretório regional do PDT aprovou a indicação de Reguffe como candidato a governador e do senador Cristovam Buarque à reeleição. Mesmo assim, Cristovam garante que sua legenda está aberta a conversas com antigos aliados. ;Nós decidimos lançar pré-candidaturas, mas não decidimos pelo isolamento;, afirma Cristovam. O senador deixa claro que ainda acredita numa composição com o PT, mas garante que isso só ocorrerá daqui para a frente com o aval de Reguffe. Cristovam também espera contar com o apoio oficial do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que comanda nacionalmente o PDT, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador não esconde a afinidade que mantém com o PT, partido pelo qual se elegeu governador do Distrito Federal. Ele se sentiu em casa no encontro de governadores e ex-governadores do PT, que está sendo realizado desde ontem em Teresina (PI), sobre os modelos de gestão petista em todo o país. ;Sou recebido como aliado;, afirma. Uma das dificuldades apontadas por Cristovam é a possibilidade de intervenção nacional nas negociações e costuras feitas pelo PT-DF. O pedetista afirma que o comando da campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, poderá interferir em favor de algum outro nome. Nessa lista, estão o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), o governador José Roberto Arruda (DEM) ou o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB). Para o pedetista, existe uma possibilidade de o parlamentar socialista ganhar o apoio do PT nacional para concorrer ao Senado. A chance pode crescer caso o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato do PSB à Presidência, desista de concorrer à sucessão de Lula para apoiar a eleição de Dilma. Líder do PSB na Câmara, Rollemberg ganharia, assim, uma compensação. Nessa hipótese, a candidatura de Cristovam passaria a contar com um adversário em sua base eleitoral. Nesta semana, Rollemberg conversou sobre os arranjos políticos no Distrito Federal com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num evento na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). No encontro, Lula manifestou a Rollemberg intenção de trabalhar em 2010 para ampliar a bancada de sustentação do governo no Senado, onde sua administração enfrentou dificuldades nos dois mandatos. Rollemberg saiu animado da conversa com a possibilidade de disputar um mandato de senador. Em compasso de espera Criada com oito assinaturas, a CPI Digital da Câmara Legislativa corre o risco de não ser instalada por falta de indicação por parte dos líderes partidários. Faltam apenas duas semanas para o recesso parlamentar e ainda não há consenso quanto ao interesse político de iniciar neste momento uma investigação sobre contratos firmados pelo Governo do Distrito Federal com empresas de informática. O requerimento, apresentado pelo deputado Cabo Patrício (PT), tem como enfoque a contratação da Universidade de Brasília (UnB) pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF. Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades nos contratos. A UnB subcontratou a Fundação de Estudos e Pesquisas em Administração e Desenvolvimento, que, por sua vez, repassou os serviços para duas empresas, a Patamar e a Sapiens. A avaliação, no meio político, é de que uma investigação profunda sobre o tema produzirá efeitos negativos também para o governo anterior. Por isso, a CPI, neste momento, só interessa à bancada de oposição. O requerimento contou com a assinatura dos quatro distritais do PT, de José Antônio Reguffe (PDT), de Rogério Ulysses (PSB), além de dois governistas: Júnior Brunelli (DEM) e Batista das Cooperativas (PRP). Na próxima terça-feira, o governo retomará as reuniões com distritais para tentar evitar a instalação da comissão. (AMC)

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