Politica

PSDB investe na aproximação com sindicalistas

postado em 13/11/2009 09:22
Na reta final para tentar viabilizar sua candidatura à Presidência da República, o governador Aécio Neves (PSDB) resolveu investir na aproximação com sindicalistas. Pela segunda vez, em jantar na quinta-feira com tucanos, democratas e outros aliados em Brasília, o mineiro afirmou que no poder os tucanos não serão inimigos dos movimentos sociais. Ao contrário, garantiu que seu partido pretende ser parceiro dessas categorias, porém, de %u201Cforma republicana%u201D. Aécio afirmou que a escolha do seu nome, em vez do governador de São Paulo, José Serra, ajudará a evitar a tão temida eleição plebiscitária. Em jantar do qual participaram cerca de 50 deputados federais e oito senadores, em sua maioria do PSDB, Aécio disse que os movimentos sociais devem ser chamados pela oposição para o diálogo. De acordo com o governador, essas categorias foram captadas pelo atual governo de maneira pouco ortodoxa e é preciso mostrar a eles que os tucanos não são inimigos. A tese de Aécio é de que este é o momento para iniciar as conversas no campo de apoio dos adversários do PT. %u201CÉ preciso que nós acenemos para alguns setores que hoje estão de alguma forma enraizados na base do governo. Os movimentos sociais e sindicatos não podem nos ver como adversários ou inimigos, eles têm que saber que conosco também terão interlocução%u201D, afirmou o governador. Aécio disse que os tucanos não podem permitir que aliados do governo Lula criem um sentimento de derrota para os sindicalistas com uma possível vitória dos tucanos. O governador reafirmou ao grupo sua vontade de ser o candidato do PSDB à Presidência e indicou que vem mantendo relações com vários partidos aliados ao presidente Lula, como PV, PDT, parte do PMDB e PSB. No jantar na casa do deputado federal Eduardo Gomes (PSDB-TO), boa parte da bancada paulista estava pressente e prefeitos do partido também participaram. Mesmo com tucanos paulistas, Aécio afirmou que sua candidatura é capaz de incluir mais os movimentos sociais e partidos que hoje estão na órbita do governo Lula. Aécio voltou a falar da necessidade de se adotar um discurso para o que chama de período %u201Cpós-Lula%u201D, ou seja, reconhecendo os eventuais avanços da atual gestão, assim como os dois períodos de governo Fernando Henrique Cardoso, porém levantando as necessidades que não foram atendidas no país. O governador mineiro comemorou o resultado da última pesquisa Vox Populi, que mostra um empate técnico entre ele, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB), mas disse que o levantamento não será o único fator a estimular uma decisão. %u201CComeça a haver uma percepção hoje no PSDB e de algumas forças que estão do nosso lado de que, eventualmente, uma candidatura minha poderia ajudar a fugirmos da polarização, ou da tentativa da eleição plebiscitária, até mesmo para atrair a presença de algumas forças políticas ou partidárias que hoje estão ao lado do governo e que eventualmente poderiam estar ao nosso lado%u201D, afirmou o tucano. José Serra é muito ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, para alguns analistas, o fato poderia levar a uma reedição da briga Lula contra FHC.

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