Politica

Entrevista: Hélio Costa

postado em 05/02/2010 08:09
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, se despede do cargo no início de abril para concorrer à eleição de 2010, mas ainda mantém um certo ar de mistério sobre o quê irá disputar. ;A princípio, serei candidato a governador. Mas, não sei, posso ser candidato ao Senado ou a outras coisas;, disse em entrevista ao Correio. Ele garante ainda que não vê chance de seu partido rejeitar a aliança nacional com o PT e, diante ao atual cenário político em Minas e no plano nacional, só admite de pronto uma única hipótese de não concorrer ao governo estadual: ;Se o Zé Alencar for candidato, eu e o PMDB abrimos mão para apoiá-lo;, anuncia.

O senhor prevê algum problema para a convenção de amanhã, há descontentes no PMDB;

Esses problemas não refletem o ambiente nacional do PMDB. Antecipar a convenção em algumas semanas não faz a menor diferença do ponto de vista estratégico do partido. Só acrescenta.

O senhor vai ficar com a secretaria-geral?

A secretaria-geral, tradicionalmente, fica com Minas Gerais. O meu nome foi apresentado, mas eu preferiria que fosse um deputado federal, por uma razão: há uma certa limitação na participação do Senado e da Câmara na executiva do PMDB. Se eu fosse para a secretaria-geral, é uma concessão que a Câmara teria que fazer. Mas eu deixei a critério do presidente do PMDB em Minas Gerais. Para mim, neste momento, ainda ministro, e depois como candidato, vou ter muito pouco tempo.

O senhor fala em candidato;
A governador ou a vice da ministra Dilma?
Me sinto candidato a governador, a princípio.

Esse ;a princípio;;
Não sei, posso ser candidato ao Senado ou a outras coisas. A candidatura que está para ser colocada, no instante eu que eu puder me desincompatibilizar, é o lançamento da candidatura a governador.

Isso é o que o senhor mais deseja?

Essa é a primeira opção.

E se o PT não quiser lhe apoiar?
Ficamos de fazer duas ou três pesquisas. O resultado é que dará o candidato. Estou muito tranquilo. Quem tem votos não se preocupa.

E se o vice-presidente José Alencar decidir ser candidato a governador?

Aí, eu e o PMDB abrimos mão da candidatura para apoiá-lo.

O senhor acha que está fechada a aliança nacional do PMDB com o PT e Temer como vice da Dilma, isso ainda pode mudar?
O seu nome tem sido tão falado;
O PMDB está muito afinado com a proposta da candidatura da ministra Dilma. A chapa está fechada. Não vejo chance de não fechar. O PMDB é um grande partido, está muito bem posicionado em todos os municípios brasileiros, tem militância, mas, infelizmente, não tem um nome nacional que possa sensibilizar agregando votos de outros partidos.

[SAIBAMAIS]E a candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião?
Ele seria um grande candidato se tivesse começado o trabalho há um ano, um ano e meio atrás. Um trabalho só de convenção, infelizmente, fica prejudicado. Não adianta só dizer vou à convenção e quero ser candidato. Requião tem todas as qualificações e mérito e seria um ótimo candidato. Faltou a visão de ter se lançado antes.

E se o senhor for convidado a ocupar a vaga de vice?
A decisão do vice cabe ao PMDB e será tomada no momento certo. Temos o nome do nosso presidente, Michel Temer.

Qual é o portifólio que o governo vai ter na gestão na área de comunicações?
Deixamos marcas bem significativas. A primeira é a implantação da TV digital, hoje em quase 40 cidades, cobrindo mais de 60% da população brasileira. Conseguimos fazer chegar pelo menos um ponto de banda larga em 66% das escolas públicas. Esse projeto é absolutamente formidável. Hoje todos os municípios têm nem que seja um ponto de banda larga.

A ministra Dilma já foi visitar esse programa?
Ela participa de tudo. Tudo. Aliás, não é só na área de comunicações não. Ela é quase onipresente.


"Não sei, posso ser candidato ao Senado ou a outras coisas"


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