Politica

Corretor faz denúncias contra Bancoop na CPI das ONGs no Senado

Senador envia acusações à Procuradoria da República

postado em 29/04/2010 09:00
Em depoimento à CPI das ONGs no Senado, o corretor Lúcio Funaro, aquele que ficou famoso quando foi apontado como um doleiro envolvido no mensalão do PT, disse estar pronto para uma acareação com o tesoureiro petista, João Vaccari Neto, e fez uma série de denúncias envolvendo a Petrobras, o grupo de empresas Schahin e os fundos de pensão. ;A relação de Vaccari com o grupo Schahin é umbilical. Basta ver como os negócios da empresa cresceram no atual governo. Todos os contratos da Schahin com a Petrobras têm problemas;, afirmou.

Funaro foi chamado para falar à CPI a fim de contar detalhes dos negócios da Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Bancoop), que foi presidida por Vaccari e deixou vários cooperados sem receber seus imóveis, inclusive o presidente Lula. ;Se vocês investigarem os fundos de pensão, vão chegar a muita coisa. Como é que grandes fundos de pensão, como a Petrus (Petrobras), a Funcef (Caixa Econômica)e a Previ (do Banco do Brasil) fazem o investimento que fizeram a taxas mais baixas? Foram R$ 30 milhões dos fundos para a Bancoop, e ainda assim a empresa não entregou os apartamentos; disse Funaro, passando uma ;dica; aos senadores.

Lúcio Funaro ainda deu detalhes de um negócio que a Petrobras fechou mediante carta-convite com uma offshore, a Airosaru Drilling LLC, com sede em Delaware (Estados Unidos), no valor de US$ 1,5 bilhão, para afretamento da plataforma TBN-1. Segundo Funaro essa empresa nos EUA tem os mesmos sócios da Schain, não paga impostos no Brasil e quem faz o serviço em solo brasileiro é a Schain, que recebe apenas US$ 10 por ano da empresa americana para executar o serviço. ;Podem investigar.;

Surpresa
Os senadores ficaram estupefatos. Heráclito Fortes (DEM-PI), presidente da CPI, encaminhou as denúncias à Procuradoria da República. Ele agora está preocupado em identificar o que é real nas declarações de Funaro e o que é parte da briga entre o investidor e o grupo Schahin ; a empresa que Funaro representa, a Gallway, tem uma briga judicial com as construtoras Schahin e EIT no valor de R$ 600 milhões, por conta da Barragem de Apertadinho, que ruiu em Rondônia.

A Petrobras divulgou nota para refutar as afirmações. Disse que o contrato de afretamento da plataforma foi celebrado com a tal empresa, tendo a Schahin Petróleo e Gás assinado o mesmo documento como interveniente. ;O contraro de operação da mesma plataforma também foi firmado diretamente pela Petrobras, ao contrário do que foi dito na comissão, e envolve as mesmas empresas, sendo a Schahin Petróleo e Gás responsável pela operação e a Airosaru Drilling LCC interveniente;, diz o texto.

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