Politica

Fiesp cobra de presidenciáveis posicionamento sobre transparência na tributação

postado em 24/05/2010 20:01
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) cobrou nesta segunda-feira (24) dos pré-candidatos à Presidência da República um posicionamento em relação à transparência na tributação. Dados de uma pesquisa divulgada pela Fiesp revelam que a maioria dos empresários paulistas considera que questões relacionadas aos tributos são o principal empecilho ao crescimento da indústria.

;Gostaria de ouvir dos candidatos, do presidente eleito, que ele defenderá na reforma tributária [especificamente] a transparência dos impostos. Porque ele falar que vai defender a reforma tributária, eu não tenho dúvida que vai falar;, disse o presidente da entidade, Paulo Skaf, após a divulgação da pesquisa.

O levantamento indicou que a tributação é vista por 65% dos empresários entrevistados como a maior barreira para o desenvolvimento da indústria. Especificamente, os empresários citaram a carga tributária (69%) como maior empecilho para o crescimento do setor.

Segundo a Fiesp, os dados da pesquisa serão levados para discussão dos pré-candidatos à Presidência, separadamente. A proposta da entidade é que as demandas detectadas no levantamento sejam incorporadas aos programas de governo de cada postulante ao cargo.

Os representantes da entidade, no entanto, admitiram que, nos últimos anos, o protesto dos industriais para que a carga tributária seja diminuída, e tratada com mais transparência, não obteve o efeito desejado.

;Por incrível que pareça, na hora em que a gente discutiu esse negócio da reforma tributária, os representantes do povo brasileiro, os deputados, não defenderam a transparência dos impostos. Alguns sim, a maioria não. E é uma coisa que deveria ser unanimidade;, disse Skaf.

Além de exigir uma postura dos candidatos favor da reforma tributária, Paulo Skaf ainda cobrou rapidez na implementação das mudanças. ;Se quem for eleito não promover as reformas nos primeiros momentos, trimestres, semestres, no primeiro ano, não faz mais. Reforma tem de fazer logo de cara, e reforma tributária tem esse ponto;, afirmou.

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