postado em 12/01/2011 10:33
Os senadores que renunciaram ou pediram licença do cargo para assumir governos de estados e ministérios acabaram favorecendo as composições da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Depois de garantir nas urnas as maiores bancadas do Senado, PT e PMDB serão presenteados com a entrada de seus suplentes nas vagas dos titulares de outras legendas que deixaram a Casa. Por outro lado, o DEM é o partido que mais sofre com a saída dos titulares, perdendo duas vagas para o PMDB.Na troca das cadeiras, PT e PMDB ganharão quatro senadores. A partir de 1; fevereiro ; quando começa a nova legislatura ;, somente os dois partidos vão reunir 34 integrantes da base de apoio ao governo. O PMDB lidera a lista, com 19 senadores, e o PT vem em seguida, com 15. O PT ainda ampliará sua bancada com as posses de João Pedro (PT-AM) no lugar do senador Alfredo Nascimento (PR-AM), nomeado ministro dos Transportes; e de Ana Rita Esgário (PT-ES), que ocupará a cadeira do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB-ES).
Incluindo os 22 eleitos por PTB, PSB, PR, PCdoB, PDT e PRB, a base aliada soma 56 dos 81 senadores, ou seja, maioria. Em um cenário tão favorável, a expectativa é de que a oposição, assim como setores da sociedade, cobrem maior agilidade da presidente na realização de reformas há muito esperadas, como a tributária e a política.
Com derrotas importantes nas eleições para o Senado no ano passado, como a do senador Marco Maciel, em Pernambuco, o DEM perdeu, ainda, a vaga de dois senadores eleitos, que deixaram suas cadeiras para suplentes do PMDB. Na vaga da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM-RN), assumirá Garibaldi Alves (PMDB-RN); e Casildo Maldaner (PMDB-SC) substituirá o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM-SC).
Os democratas também sentem a morte do senador Eliseu Resende (DEM-MG), que deixou sua cadeira para Clésio Andrade (PR-MG), aliado do atual governo. O partido, que chegou a ter 13 representantes na atual legislatura, cai de posição, e passa a ser a quinta bancada do Senado, com apenas cinco senadores, ao lado do PP e do PR. O PTB, com seis congressistas, ultrapassa os democratas e assume a quarto lugar em número de senadores. O PSDB também perdeu membros no Senado, e será a terceira bancada, com nove senadores. Hoje, ainda tem 16.