Politica

GSI investe na proteção da presidente, do vice e de seus familiares

postado em 01/01/2012 10:06
Após anos de baixo investimento, o Planalto decidiu dar um choque de modernidade à segurança da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer e de parentes de ambos. Com novidades tecnológicas que vão desde um rastreador para os carros a um sistema de câmeras com visão noturna, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pretende, até 2014, colocar a segurança de Dilma no mesmo patamar dos esquemas que protegem chefes de Estado dos países desenvolvidos. Por trás das mudanças, podem estar casos recentes que ameaçaram a segurança da presidente.

Embora o GSI alegue que nenhum fato específico motivou esse reforço, assessores de Dilma afirmam que dois episódios preocuparam a segurança. Em julho, um motoqueiro subiu com o veículo a rampa do Planalto, mas foi interceptado antes de invadir o Salão Nobre. Em setembro, um homem chegou armado ao palácio, ameaçando se matar caso não conseguisse falar com Dilma. Houve ainda a tentativa de invasão de um carro ao Alvorada.

;Os investimentos têm como objetivo incorporar à segurança presidencial novos equipamentos e tecnologias de ponta existentes no mercado;, justificou o GSI, em nota.

Uma das principais novidades será o Sistema de Vigilância Eletrônica, orçado em R$ 370 mil, um conjunto de câmeras fixas e móveis, que serão instaladas em pátios, hangares e em todas as partes da Base Aérea de Brasília, por onde Dilma costuma passar. Com capacidade de filmar durante a noite, as câmeras serão acompanhadas de central de imagens que funcionará durante 24 horas.

Veículos
Em outra frente, está sendo licitado um sistema para rastreamento de carros oficiais em tempo real. O objetivo é facilitar a análise de riscos no entorno do trajeto feito pelas autoridades.

As novidades, que também preveem a compra de coletes à prova de balas e outros acessórios usados pelos guardas, têm recebido forte aporte do Planalto. Este ano, o GSI, que tem status de ministério, já recebeu mais verba do que o total investido em todo o ano passado. Segundo dados do Portal da Transparência, foram gastos pelo GSI, ao longo de 2010, R$ 11,3 milhões. Este ano, só até novembro, já haviam sido liberados R$ 12,4 milhões. Não houve só um aumento nos gastos. De olho na melhora da infraestrutura da área, o general José Elito Carvalho Siqueira, ministro do GSI, também aumentou a participação dos investimentos em material permanente, de R$ 771 mil, em 2010, para R$ 4,9 milhões em 2011.

A expectativa do Planalto, agora, é de que o GSI avance sobre outro ponto frágil da segurança da presidente: o cuidado com o staff de Dilma, que tem passado por constrangimentos. Entre eles, por exemplo, a vez em que a ministra-chefe da Secretaria de Imprensa, Helena Chagas, foi impedida pelos seguranças de se aproximar da presidente. Ou as diversas vezes em que governadores são detidos nos corredores do palácio, gerando mal-estar.

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