Politica

Perillo questiona relator da CPMI do Cachoeira e pede mais isenção

postado em 28/06/2012 17:30
Segundo o governador de Goiás, o relator Odair Cunha tem servido de %u201Ccabo de chicote%u201D durante o andamento das investigações
O governador de Goiás, Marconi Perillo, questionou nesta quinta-feira (28/6), mais uma vez, a forma como o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), tem conduzido os trabalhos na Casa. Segundo o governador, Cunha tem servido de ;cabo de chicote; durante o andamento das investigações.

;O Odair Cunha tem de agir como relator isento. Não pode servir de cabo de chicote de ninguém;, disse Perillo ao deixar a sede da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), onde participou da assinatura de protocolo de intenções destinado à elaboração de estudos de viabilidade para a implantação da linha de trem que ligará Brasília à Goiânia.

Perillo garantiu estar ;absolutamente tranquilo; em relação à casa que vendeu ao empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. ;Fiz um negócio particular. Vendi uma casa de forma lícita, recebi [por ela] e coloquei no Imposto de Renda;, disse.

O governador goiano desqualificou também os depoimentos do arquiteto Alexandre Milhomen - responsável por uma reforma, supostamente paga também por Cachoeira, feita na casa anteriormente à venda - e do jornalista Luiz Carlos Bordoni na CPMI. ;O arquiteto prestou serviço para quem comprou uma casa minha. Não para mim", disse.

[SAIBAMAIS]Durante seu depoimento prestado no dia 26, Milhomem informou que foi contratado por Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, para decorar a casa. Pelo serviço, disse ter recebido R$ 50 mil, pagos em cinco parcelas de R$ 10 mil. O arquiteto calculou que as compras de móveis e objetos de decoração para a casa somaram cerca de R$ 500 mil, pagos por Andressa.



Gravações interceptadas pela Polícia Federal indicam que os serviços prestados pelo arquiteto foram contratados em maio de 2010, antes que ocorresse a negociação do imóvel da forma como o governador relatou à comissão. Sobre o outro depoimento, prestado à CPMI pelo jornalista Luiz Carlos Bordoni, Perillo disse que "como é ele quem faz a denúncia, é ele quem tem a obrigação e o dever do ônus da prova;.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação