Ainda não confirmada oficialmente, a candidatura do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República em 2014 é dada como certa por correligionários, opositores e cientistas políticos. A maior dúvida, no momento, é se Campos conseguirá ir com tudo para tentar desbancar a presidente Dilma Rousseff ou se a candidatura nas próximas eleições servirá, na verdade, como preparação para 2018. O recente passado da política brasileira mostra que a estratégia de se lançar candidato em uma disputa de olho no pleito seguinte pode ser positiva, mas não é garantia de sucesso nem político nem eleitoral.
[SAIBAMAIS]Para o cientista político e professor do Instituto de Ensino de São Paulo (Insper) Carlos Mello, o caso Ciro Gomes é clássico. Candidato à Presidência da República em 1998, recebeu o apoio de 7,4 milhões de eleitores, o equivalente a 10,9% dos votos válidos. Mais bem projetado nacionalmente, voltou à disputa em 2002, mas amargou a quarta colocação, atrás de José Serra ; que disputou o segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva, eleito pela primeira vez naquele ano ; e de Anthony Garotinho.