Politica

Liminar pede a destituição de Feliciano do cargo de presidente de comissão

Grupo dos parlamentares contrários à eleição de Marco Feliciano também iniciou a coleta de assinaturas para criar uma Frente Parlamentar de Direitos Humanos, que poderá funcionar como comissão paralela

postado em 12/03/2013 13:45
Manifestantes foram barrados na entrada do salão verde da Câmara. Eles não fazem grito de ordem, mas não podem passar. A justificativa é de que eles não usam roupas adequadas para dias de sessão. A solução foi fazer protesto silencioso no corredor principal
Deputados assinaram em conjunto, nesta tarde de terça-feira (12/3), um mandado de segurança, que será apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de liminar, para anular a questão da última quinta-feira, em que o pastor Marco Feliciano, acusado de racismo e homofobia, foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).

Por volta das 16h30, Marco Feliciano chegou à reunião do PSC. O líder do partido, André Moura (SE), diz que bancada vai analisar todas as manifestações contra o pastor.

O argumento é de que quem deveria deliberar sobre o fato de a sessão ser fechada ou não à entrada de manifestantes deveria ser da própria comissão. No dia, a decisão foi dada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).



O grupo também decidiu levar o tema ao colégio de líderes, que se reúne hoje à tarde. Segundo eles, a proporcionalidade dos partidos na Casa não foi respeitada, já que o PMDB, PSDB e PP, cederam suas vagas para o PSC, que, das 18 vagas de titulares, ficou com cinco. O grupo dos parlamentares contrários à eleição de Feliciano também iniciou a coleta de assinaturas para criar uma Frente Parlamentar de Direitos Humanos, que poderá funcionar como comissão paralela.

Às 14h, a coligação vai se unir a entidades sociais, que vão fazer uma manifestação no Salão Verde da Câmara. Às 15h30, o PSC se reúne para discutir a repercussão do caso. ;Vamos apenas avaliar o quadro. Analisar as questões favoráveis e contrárias ao que aconteceu;, explicou o líder do PSC, André Moura, que negou, porém, que o partido cogite a destituição de Feliciano do cargo.

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