Politica

Dilma visita BH e defende parceria e critica distribuição de recursos

A presidente esteve na capital mineira para anunciar a liberação de R$ 2,55 bilhões em recursos federais para obras de mobilidade urbana em Belo Horizonte e na região metropolitana

postado em 17/01/2014 14:00
Em sua primeira viagem oficial a Belo Horizonte este ano, a presidente Dilma Rousseff defendeu a parceria entre os governos federal, estadual e municipal. A dirigente também criticou a distribuição de recursos públicos de acordo com preferências partidárias ou pessoais.

[SAIBAMAIS];Isso era antidemocrático. Essa evolução para esse federalismo cooperativo é uma marca dos últimos anos. Eu tenho muito orgulho de ter tido um comportamento à frente da Presidência da República, de manter esse comportamento republicano, em que se olha a importância dos estados e dos municípios;, disse. ;Mesmo que uma série de atribuições seja de estados e municípios, é uma visão absolutamente incorreta pensar, como se pensou no passado, que o governo federal e a União poderiam ter uma atitude tipo Pôncio Pilatos, de lavar as mãos diante do problema;, ressaltou. ;Temos de responder a todos que nos elegeram e também aos que não votaram em nós;, completou.



A presidente também citou avanços do país nos últimos anos, principalmente na área social, e condenou práticas adotadas em gestões anteriores. ;Temos estabilidade institucional, somos um país que cumpre contratos e, sobretudo, somos país que amadureceu. Um país em que o povo não aceita processos tradicionais em que recursos públicos eram vistos como propriedade dos governantes;, criticou.

A presidente esteve na capital mineira nesta sexta-feira (17/1) para anunciar a liberação de R$ 2,55 bilhões em recursos federais para obras de mobilidade urbana em Belo Horizonte e na região metropolitana. Um total de R$ 1,28 bilhão virá do Orçamento Geral da União e R$ 1,27 bilhão de financiamento público com juros subsidiados, sendo esses recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Segundo a presidente, o governo federal já investiu em todo o país, durante seu governo, cerca de R$ 140 bilhões em obras desse tipo.

No PAC 2 estão previstos, além da obra de expansão do metrô da capital ; anunciada pela presidente em 2012, com a construção das linhas 2 (Calafate/Barreiro) e 3 (Savassi/Lagoinha) ;, ações que contemplarão oito cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Serão construídos 11 terminais de ônibus nas cidades vizinhas à capital, sendo dois em Santa Luzia, Contagem e Ribeirão das Neves, e um equipamento desse tipo em Vespasiano, Sabará, Ibirité e Sarzedo. Outra obra incluída no programa é a criação do corredor exclusivo no Boulevard Arrudas e obras de melhoria no Complexo Viário da Lagoinha.

No mesmo evento, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, assinou contrato de financiamento para obras de mobilidade com a Caixa Econômica Federal e outros dois para obras de contenção de encostas, ações de drenagem e pavimentação de vias, todas elas parte do PAC.

Segundo o Ministério das Cidades, os investimentos em Minas Gerais por meio das obras contempladas no PAC Mobilidade alcançam R$ 5,41 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão do Orçamento da União, R$ 2,4 bilhões de financiamento público, R$ 1,2 bilhão de participação do setor privado e R$ 600 milhões de contrapartida do estado e do município.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação