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Quinze pessoas ligadas ao regime militar acobertaram bomba no Riocentro

Para o MPF-RJ, o atentado fora planejado por um grupo de militares para incriminar movimentos políticos que defendiam o fim da ditadura

postado em 18/02/2014 06:02

Puma semidestruído: só Guilherme do Rosário morreu na explosão

Passados quase 33 anos, um dos episódios mais obscuros do processo de redemocratização do país ganha novos nomes e feições. O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro concluiu que o frustrado atentado a bomba no Riocentro, no Rio de Janeiro, foi planejado, executado e acobertado por 15 pessoas, todas ligadas ao regime militar. Nove morreram e seis foram denunciadas. Na noite de 30 de abril de 1981, véspera do feriado do Dia do Trabalho, acontecia no local um grande show promovido por sindicatos. No estacionamento, um artefato explodiu e destruiu o carro do capitão do Exército (hoje coronel reformado) Wilson Machado. O sargento Guilherme do Rosário, que estava com ele, morreu na hora. Para o MPF-RJ, o atentado fora planejado por um grupo de militares para incriminar movimentos políticos que defendiam o fim da ditadura.

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[SAIBAMAIS] Para os procuradores federais, os crimes foram cometidos após a aprovação da Lei de Anistia e, por isso, os autores não podem ser protegidos pelo texto. O MPF também considera os delitos imprescritíveis.

De acordo com novos depoimentos e informações, levantados nos últimos dois anos, os procuradores concluíram que o atentado foi o revés de uma farsa. A ideia dos militares envolvidos era provocar uma série de explosões no maior centro de convenções carioca ; onde 20 mil jovens estavam reunidos em um show de música;, causar mortes e pânico na população e, depois, culpar uma organização de esquerda como autora dos atentados.

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