Politica

Petrobras: partidos se mostram reticentes à abertura de uma investigação

FHC, no entanto, defendeu ontem a apuração no Legislativo

Paulo de Tarso Lyra
postado em 24/03/2014 06:30
Convencido por Aécio, Fernando Henrique divulgou ontem nota defendendo a CPI no Congresso

As recentes denúncias envolvendo a Petrobras quebraram a aparente unidade de todos os partidos políticos, do PT ao PSB. Seja para se preservar em relação ao que possa surgir, seja por questão de estratégia política, a maioria dos parlamentares não deseja a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inqúérito (CPI) para investigar o negócio de US$ 1,2 bilhão envolvendo a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, ou os milhões aplicados em uma operação semelhante em Okinawa, no Japão.

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O PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pisou no freio. ;Vamos por etapas. Esse tipo de episódio acende os desejos daqueles que gostam de privatizar as coisas;, diz o líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS). Beto aposta, primeiro, na convocação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e da presidente da Petrobras, Graça Foster, para explicar os fatos. ;Se os esclarecimentos não forem suficientes, aí sim, buscaremos a CPI;, diz ele.

As razões do PSB, entretanto, não ficam apenas no quesito estratégia política. Um dos grandes investimentos da Petrobras atualmente é a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, berço político do presidenciável do partido. Se o PT resolver voltar as baterias para essa refinaria, há dentro do partido quem receie desgastes a Eduardo Campos, que tem repisado na tecla de que é preciso preservar a Petrobras e chega a acusar o PT de querer desmoralizá-la para vendê-la depois.

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