Politica

Dilma espera que aliados impeçam motivações eleitorais em CPI da Petrobras

Ao empossar o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) para a articulação política, ela sinalizou que conta com os aliados para impedir que movimentações eleitorais "escondam a verdade"

postado em 01/04/2014 12:59
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de posse dos novos ministros
Na cerimônia de posse dos novos ministros da secretarias de Direitos Humanos e de Relações Institucionais, a presidente Dilma Rousseff mandou um recado para a base aliada, em referência a CPI da Petrobras. Ao empossar o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) para a articulação política, ela sinalizou que conta com os aliados para impedir que movimentações eleitorais "escondam a verdade". "Tenho certeza que nossos aliados saberão agir para impedir que motivações meramente eleitorais acabarem por atropelar a clareza e esconder a verdade na busca de respostas e soluções para os grandes problemas nacionais", ressaltou a presidente.

[SAIBAMAIS]Alinhado ao discurso da presidente, o ministro Ricardo Berzoini (PT-SP) disse, em entrevista coletiva após a posse, que vai agir para impedir que interesses eleitoreiros fiquem acima dos interesses da nação. A decisão sobre o futuro da CPI da Petrobras, segundo ele, deve ficar nas mãos dos líderes no Congresso. "Vamos apoiar o que os líderes entendem que é o melhor caminho", pontuou. Segundo ele, a orientação da presidente é apostar no diálogo com as lideranças da base, "para evitar o embate político eleitoral de uma empresa tão importante para o país, que é a Petrobras".



O entendimento do ministro é que a CPI, em ano eleitoral, pode desviar o foco, em vez de se manter no campo da legalidade. Ele ressaltou ainda que a empresa já é alvo de apurações por órgãos competentes, como o Ministério Público Federal. "Vamos trabalhar com serenidade porque é uma empresa de maior importância para o país", resumiu.

A CPI da Petrobras, que está em fase de criação, quer investigar a compra de uma refinaria americana por US$ 1,18 bilhão. O governo trabalhar para incluir no rol de apurações do colegiado a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig); o Porto de Suape e a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; o Metrô de São Paulo; e a gestão do PSB à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia.

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