Politica

Dilma quer pente-fino em cidades sedes para evitar problemas com protestos

Confronto da última terça-feira entre PMs e índios acende o sinal de alerta no Planalto, que promoverá encontros com os secretários de segurança das capitais com jogos do Mundial. Especialistas apontam gargalos na preparação

Paulo de Tarso Lyra
postado em 29/05/2014 06:09
Em mais um dia de protestos na Esplanada, quilombolas ocuparam a Praça dos Três Poderes para cobrar agilidade do governo na demarcação de terras

Após a manifestação que parou o trânsito no Eixo Monumental , terminou com um confronto entre policiais e índios e suspendeu a exibição da taça de campeão da Copa do Mundo para a população, a presidente Dilma Rousseff ordenou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fosse, pessoalmente, conversar com os secretários de segurança pública das 12 cidades sedes para fazer um pente-fino nos preparativos de cada uma delas. Além disso, ficou acertado que, para evitar problemas no desembarque das delegações, as seleções e as autoridades estrangeiras chegarão às respectivas bases aéreas de cada estado e deixarão o local em rotas alternativas. A determinação presidencial estendeu-se também aos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, responsáveis pela interlocução com os estados para evitar baderna durante o Mundial.

[SAIBAMAIS]Ontem, depois da terça-feira de flechas e bombas na Esplanada, o governo não foi poupado de novos protestos. Um grupo de 100 quilombolas se manifestou em frente ao Palácio do Planalto, pela manhã. Eles pediram por agilidade na demarcação de terras. O ato ocorreu no momento em que a presidente Dilma Rousseff anunciava novas regras para o comércio de diesel.



Segundo o articulador geral do Movimento Quilombola do Maranhão, Gil Quilombola, as comunidades de nove estados estão reunidas em Brasília para pedir o título das terras que ocupam. Ele alega que o período médio para a liberação dos documentos varia muito e, em alguns casos, como em Bacuri, no Maranhão, já leva mais de 19 anos. ;Queremos chamar a atenção das pessoas para a nossa causa;, diz.

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