Politica

CNV estuda convocar militares à força para prestarem depoimento

Desde que foi instituído, em maio de 2012, o colegiado jamais usou da prerrogativa da condução coercitiva

postado em 22/07/2014 06:03
O ex-soldado Gersi (de branco) presta depoimento sobre a Operação Sucuri

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) fez ontem os últimos preparativos para levar militares ;à força; para prestarem depoimento. Desde que foi instituído, em maio de 2012, o colegiado jamais usou da prerrogativa da condução coercitiva, prevista na Lei n; 12.528/2011, que criou o grupo. Com a proximidade do encerramento dos trabalhos, em 16 de dezembro, o recurso finalmente poderá ser utilizado. Para isso, integrantes da comissão se reuniram com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o diretor da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, para acertar detalhes do procedimento. A discussão sobre o uso da condução coercitiva se dá na semana em que a CNV inicia, em Brasília, um esforço concentrado para ouvir 41 militares da reserva.

;Viemos aqui de maneira preventiva para dialogar com o ministro e com o diretor da PF sobre esse procedimento;, comentou o coordenador da CNV, Pedro Dallari. Segundo ele, ;ao fim da semana que vem, faremos um balanço e, com base nele, vamos pedir à Polícia Federal a condução coercitiva daqueles que se negarem a comparecer nos termos da convocação. No entanto, quero manifestar a minha convicção de que isso não será necessário;, explicou.



Questionado sobre atestados médicos, recurso constantemente empregado por parte de militares que faltam às oitivas, Dallari disse que os integrantes da comissão são ;razoáveis para compreender que são pessoas idosas;, mas que, nos casos em que for detectado ;um processo claro de tentativa de frustrar; os trabalhos do colegiado, a condução coercitiva poderá ser instaurada.

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