Politica

Crise da Petrobras vai para o centro da campanha de Aécio e Eduardo Campos

Os governistas vão repetir que, na época em que foi realizado, o negócio que envolveu a compra da refinaria no Texas era bom para o país

postado em 24/07/2014 06:02
A crise da Petrobras, que estourou logo após a denúncia do mau negócio feito pelo governo brasileiro em relação à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), será explorada na propaganda eleitoral dos dois principais adversários da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador tucano Aécio Neves (MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) vão bater na tecla de que a estatal se desvalorizou nos últimos anos e que migrou das páginas econômicas para as policiais.

As inserções do PSDB, que foram ao ar em abril, deram o tom de como a Petrobras será utilizada na campanha eleitoral. No vídeo, o locutor diz que ;não precisa ser da oposição para achar que tem alguma coisa errada com a Petrobras, basta ser brasileiro;. Em seguida, Aécio Neves afirmava que era preciso salvar a empresa. ;O que está acontecendo com a Petrobras é inaceitável, é vergonhoso para o Brasil. Apenas neste governo, ela perdeu metade do seu valor e se transformou numa das empresas mais endividadas do mundo. O que queremos é salvar a Petrobras. É devolvê-la aos brasileiros;, ressaltava.

Em entrevistas recentes, Eduardo Campos tem repetido que a Petrobras perdeu o seu valor e que é preciso um conjunto de ações para reestruturar a estatal. Na época do escândalo, ele defendeu a instalação da CPI para apurar as supostas irregularidades. Na campanha da presidente Dilma Rousseff, a ordem segue a mesma. Todos foram instruídos para defender a gestão na empresa e a mostrar números que comprovam a capacidade de investimento e lucro da estatal.

Os governistas vão repetir que, na época em que foi realizado, o negócio que envolveu a compra da refinaria no Texas era bom para o país. Os petistas também vão preservar a presidente Dilma e repetir o mantra de que ela avalizou a compra porque o resumo executivo apresentado no Conselho de Administração, em 2006, não explicitava duas cláusulas específicas decisivas para avaliação da transação.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação