Politica

Dos 594, 49 congressistas desistiram de tentar um novo mandato nas urnas

Lista inclui políticos com larga experiência no parlamento, como Pedro Simon, José Sarney e Inocêncio Oliveira

postado em 28/07/2014 06:00

Simon:

Idade, problemas de saúde, frustração com a política e a vontade de cuidar de negócios anteriores à vida pública. Essas são algumas das razões alegadas por congressistas que, mesmo contando com a fidelidade do eleitorado nos estados de origem, não tentarão voltar a Brasília para uma nova legislatura. Ao todo, 12 senadores e 37 deputados federais descartaram tentar a reeleição nem concorrerão a outros cargos fora do parlamento. Além do senador e ex-presidente da República José Sarney, a leva inclui outros parlamentares com extensa trajetória na vida pública, como os senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Casildo Maldaner (PMDB), ambos ex-governadores. Na Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), que chegou a presidir a Casa, vai pendurar as chuteiras este ano, após 40 anos consecutivos como deputado federal.

;Em 31 de janeiro, vou completar 85 anos de idade e 65 anos de vida pública. Comecei na política aos 20 anos, no movimento estudantil da época, e, desde então, não passei um único dia sem mandato. Tem sido uma luta árdua;, admite o senador gaúcho Pedro Simon (PMDB-RS). ;Cheguei à triste conclusão de que não conseguirei produzir mais nada de novo na política e no parlamento. Ou fazemos uma mudança radical ou então iremos de mal a pior, sob todos os aspectos;, disse. Segundo assessores, a pressão da família e problemas de saúde também pesaram na decisão. A partir de 2015, o parlamentar pretende viajar pelo país dando palestras a universitários sobre o valor da política e da cidadania. ;É claro que sentirei saudades da tribuna;, reconheceu ele. Outros, como o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), pretendem voltar à vida anterior. ;Vou cuidar dos meus livros agora e da carreira de educador;, declarou Chalita, recentemente.



Muitos dos parlamentares ouvidos pelo Correio, no entanto, fazem questão de ressaltar que o afastamento dos cargos eletivos não significa deixar a política. Alguns deles atuarão em campanhas de correligionários e na defesa dos presidenciáveis apoiados por seus partidos, como os deputados federais paranaenses Dr. Rosinha (PT) e Aberlardo Lupion (DEM). Os dois integram a coordenação das campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), respectivamente, estado.

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