Politica

Dilma Rousseff: "Não acho que estou sendo desgastada por Pasadena"

Durante sabatina a um grupo de veículos de comunicação, presidente diz que episódio mostra "conduta muito decente"

postado em 28/07/2014 18:43

A crise que o governo federal mergulhou após a revelação da presidente de que a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, iniciada em 2006, foi feita com base em um parecer falho foi minimizada ontem pela própria Dilma Rousseff. Ela, inclusive, disse acreditar que o episódio pesa em seu favor, por mostrar ;uma conduta muito decente;. ;Não acho que estou sendo desgastada por Pasadena. Pelo contrário, eu acho que Pasadena mostra que sempre tive uma conduta muito decente nos cargos públicos;, disse em sabatina conjunta do SBT, da Jovem Pan, do UOL e da Folha de S. Paulo.

Dilma ressaltou que a decisão pela aquisição da refinaria não foi apenas dela, mas de todo colegiado. ;Estavam presentes no conselho naquele momento alguns empresários e pessoas de grande experiência na área de negócios;, explicou a presidente. Ela enfatizou ainda que não foi responsabilizada na auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que pede que sejam devolvidos US$ 792 milhões aos cofres públicos. ;Tanto o TCU quanto o Ministério Público perceberam as condições e eu fui afastada desse processo. Não tem como me condenar por Pasadena;, argumenta.

A candidata à reeleição também rebateu as críticas de que tenha cedido as pressões do PR para trocar o comando do Ministério dos Transportes como condição para garantir o minuto de propaganda política que a coligação lhe rendeu. No mês passado, Dilma trocou César Borges por Paulo Sérgio, que já tinha ocupado a chefia do ministério. De acordo com ela, chantagem seria se ela tivesse colocado na pasta uma pessoa em quem ela não confia. O caso do mensalão foi outro alvo de críticas da presidente. Para ela, houve uma discrepância na investigação, em comparação com um caso semelhante em Minas Gerais. ;Nessa história com relação ao PT, tem dois pesos e duas medidas;, alegou.

No fim da entrevista, ao ser questionada sobre os R$ 152 mil que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) guardar em espécie, Dilma lembrou os tempos em que viveu fugida e disse que é de outro tempo. ;Sete anos eu vivi fugida. São as coisas que você incorpora. (...) Já vivi sem dinheiro, com dinheiro. Tenho essa mania com os meus R$ 152 mil que vocês não vão mudar. Eu sou mineira;, brincou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação