Politica

Dilma se irrita em coletiva após perguntas sobre CPI da Petrobras

Presidente se irritou com perguntas sobre a suposta combinação de perguntas na CPI da Petrobrás no Senado, durante coletiva na CNA

postado em 06/08/2014 15:15
A presidente Dilma Rousseff (PT) se irritou durante uma entrevista coletiva, nesta quarta-feira, ao ser questionada por jornalistas sobre a suposta combinação das perguntas feitas aos depoentes na CPI da Petrobrás no Senado. A presidente saiu logo após a pergunta, feita durante uma coletiva de imprensa na Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). ;Ô gente, aí fica difícil, viu? Eu venho aqui e passo duas horas respondendo, e até agora só três perguntas de cinco são sobre o tema?;, reagiu Dilma. Pouco antes, outro jornalista havia perguntado à presidente sobre o atingimento da meta de superávit primário deste ano.

Dilma foi veemente ao rechaçar as acusações de que algumas das perguntas feitas aos dirigentes da Petrobrás possam ter sido elaboradas pelo Palácio do Planalto. ;O Palácio do Planalto não é um expert de petróleo e gás. O expert de petróleo e gás é a Petrobrás. Queria saber se você pode me explicar quem é que elabora perguntas sobre petróleo para a oposição, também. Não é o Palácio do Planalto nem nenhuma sede de partido. É na Petrobrás e em todas as empresas de petróleo e gás;, disse ela.

Etanol
Durante a coletiva, a presidente também acenou com a possibilidade de elevar para 27,5% a mistura de etanol de cana de açúcar adicionado à gasolina. ;A política em relação ao etanol tem de ser bastante clara. O etano é crucial e entra na economia do país de duas formas. A primeira é a mistura na gasolina. Não existe um carro que fuja a isso hoje. E segundo por conta do sistema flex fuel, da bomba;, detalhou ela. ;Assim como nós desoneramos PIS e Cofins, precisamos olhar o setor e ver o quê mais podemos fazer. Podemos também discutir com a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e ampliar para 27,5% a mistura de etanol. Agora, é preciso ver também que o setor passou por um processo de crise;.

Pouco antes, Campos (PSB) e Aécio (PSDB) citaram a crise no setor sucroalcooleiro para atacar a gestão Dilma. Para a presidente, no entanto, a crise do setor está ligada a problemas no câmbio e na piora dos termos de troca com o exterior.

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